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Por que não brilhou antes, Romarinho?

A diretoria e o técnico explicam os motivos pelos quais o
atleta passou quase que despercebido pelo São Bernardo

Thiago Postigo Silva
Do Diário do Grande ABC
29/06/2012 | 07:00
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Se a América conhece somente agora o atacante Romarinho, a região já teve a oportunidade de vê-lo atuar com a camisa do São Bernardo pelo Paulista de 2011. Bem verdade que a presença do atacante não foi constante, porque a estrela - como o próprio se definiu após o empate (1 a 1) do Corinthians com o Boca Juniors, em Buenos Aires, pela decisão da Libertadores - ainda não estava acesa.

Última contratação do Tigre antes daquele Estadual, Romarinho chegou sem alarde, após passagem pelo Rio Branco, e para compor elenco. No início da competição, teve algumas oportunidades com o então técnico Ruy Scarpino, mas sem render muito ao time.

A partida que ficou marcada foi justamente contra o Corinthians - empate por 2 a 2 -, pela quinta rodada, quando ele deu passe para o gol de Júnior Xuxa.

Com a demissão de Scarpino e a contratação do renomado Estevam Soares, Romarinho perdeu espaço e foi relacionado somente em duas partidas das 13 seguintes. No fim, o meia não marcou pelo São Bernardo, que acabou rebaixado na última rodada.

Segundo o presidente do Tigre, Luiz Fernando Teixeira, o jogador não deu certo porque não estava em boa fase. "Ele teve chances aqui, mas não as aproveitou. Fez alguns jogos e não marcou. Infelizmente", lamentou o dirigente.

PRODÍGIO

No entanto, ressaltou que o jogador foi extremamente profissional. "Sempre trabalhou forte aqui, mas não deu sorte. Acho natural, faz parte do futebol, porque também é questão de amadurecimento. Aqui as coisas não estavam acontecendo", justificou.

Para Scarpino, porém, o problema foi a falta de sequência de jogos ao meia no São Bernardo, além da complicada situação que o time vivia, sempre na luta franca contra o rebaixamento.

"Faltou maior número de partidas. Só assim o jogador desenvolve todo potencial. Mas o problema é que todo atleta que entrava tinha ‘de resolver', e isso criou peso a ele e ao restante do elenco na época", frisou o técnico. "Se tivesse continuado como treinador, o teria escalado mais vezes porque realmente tem capacidade muito grande em campo", completou.

Para o comandante, era notória a habilidade de Romarinho. "Quando chegou, sabia do potencial do garoto e sempre esperei isso (o que está apresentando no Corinthians)dele. O Danielzinho (do São Bernardo e emprestado ao São Caetano) também vai estourar se tiver sequência de jogos. Ambos têm o mesmo potencial", destacou o treinador.

Após deixar o São Bernardo, Romarinho, que pertencia à Traffic, foi para o Bragantino, onde a estrela acendeu antes de acertar com o próprio Corinthians. "Ele poderia ter sido revelado aqui", admite Teixeira.

Ingressos para final esgotam rapidamente

Quem não conseguiu comprar ingresso terá de ver a final da Copa Libertadores da América, entre Corinthians e Boca Juniors, quarta-feira, às 21h50, pela TV. Ontem, em apenas oito minutos foram comercializadas as últimas das 37 mil entradas colocadas à disposição dos torcedores.

A venda aconteceu apenas para os corintianos cadastrados no Fiel Torcedor, programa de fidelidade criado pelo clube, com prioridade para os que compram habitualmente os ingressos pela internet. O bilhete mais barato custou R$ 50 para arquibancada e tobogã, enquanto que o mais caro, de R$ 500, foi para o setor VIP.

Como determina o regulamento, o time paulista cedeu 2.450 lugares para os torcedores do Boca Juniors, assim como aconteceu no primeiro confronto, disputado em Buenos Aires.

Time dribla torcida e deixa aeroporto pela porta do fundo

Se o torcedor corintiano se orgulhou da raça demonstrada pelo time no empate (1 a 1) contra o Boca Juniors, em La Bombonera, pela final da Libertadores, se decepcionou com a atitude dos jogadores no desembarque da equipe, ontem, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Cerca de 200 fanáticos invadiram o saguão para aplaudir os jogadores, mas o time saiu pela porta dos fundos, frustrando os fieis.

O único que chegou um pouco mais perto foi o atacante Emerson, que não seguiria com o ônibus da delegação, já que um carro o aguardava no estacionamento do aeroporto. Ao aparecer no saguão, porém, os torcedores ameaçaram invadir o setor de desembarque e o atleta foi levado a uma corredor que deu acesso a uma porta alternativa.

Assim que perceberam que o time sairia pelos fundos, boa parte dos torcedores abandonaram o aeroporto e correram para tentar acompanhar o ônibus até à rodovia, mas o esforço foi em vão e o time corintiano seguiu tranquilamente para São Paulo.

Boca Juniors se apoia em histórico vencedor; Riquelme critica árbitro

Números não entram em campo, mas são neles e na história que o Boca Juniors se apoia para conquistar a Libertadores. Os argentinos comemoraram o fato de terem marcado o primeiro gol da decisão. Curiosamente, isso também aconteceu nas seis vezes que os hermanos ergueram a taça, enquanto foram derrotados nas três ocasiões que largaram em desvantagem.

Além disso, os argentinos mais supersticiosos lembraram da decisão de 2000, contra o Palmeiras, quando o Boca foi campeão em pleno Morumbi, após empate por 2 a 2 em La Bombonera. Na ocasião, o título veio nos pênaltis.

Apesar do retrospecto a favor, o técnico Julio César Falcioni espera dificuldade. "Jogamos contra equipe muito boa, mas estamos em condições de igualdade e prontos para a batalha", garantiu. "Estas finais são muito exigentes, fisicamente e mentalmente. Agora precisamos é descansar", completou o treinador que, a exemplo do Corinthians, terá uma semana livre pela frente.

Outro dado que motiva os argentinos é o bom retrospecto quando o Boca inicia o mata-mata com empate em casa. Foram seis ocasiões na história, e os hermanos reverteram a situação quatro vezes.

BRONCA

Riquelme não poupou criticas ao arbitro chileno Enrique Osses. Segundo o jogador, ele foi complacente com a cera alvinegra. "O árbitro se fez de idiota. Nunca me queixo, mas desta vez não teve como. Espero que ele nunca mais apite nossos jogos", esbravejou. "Ele tornou nossa vida impossível no Rio de Janeiro", lembrando que Osses apitou o empate por 1 a 1 com o Fluminense, pelas oitavas de final.

 




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