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Bolsa vai variar entre 41 e 45 mil pontos
02/03/2007 | 22:21
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Não havia como a Bolsa de Valores de São Paulo fechar em alta sexta-feira. O pano de fundo para os mercados de ações continua sendo a instabilidade internacional, com destaque para as incertezas sobre a economia dos Estados Unidos. Os fatores pontuais foram as quedas dos preços das commodities metálicas e do petróleo. Com isso, as duas ações mais líquidas da bolsa paulista (Petrobras e Vale do Rio Doce) registraram fortes perdas. O giro financeiro manteve-se vigoroso na casa dos R$ 4 bilhões.

O Índice Bovespa fechou em baixa de 2,64%, com 42.369 pontos. Operou entre a máxima de 43.518 pontos (estável) e 42.297 pontos (-2,80%). Com esse resultado, a bolsa passou a acumular baixas de 3,47% em março e de 4,73% em 2007. O movimento financeiro ficou em R$ 4,481 bilhões.

Volatilidade - É consenso entre os analistas de mercado brasileiros e estrangeiros que os mercados passam por um momento de volatilidade. Alguns acreditam que essa correção de preços terá duração curta e abrirá as portas para novas oportunidades de negócios. Outros apostam em um período mais longo de mar revolto até que os negócios voltem a se estabilizar.

Sexta-feira foi mais um dia de volatilidade, com forte viés de baixa. Com o fechamento de sexta-feira, o Ibovespa acumulou perdas de 7,92% na semana –, marcada pelo tombo de 8,8% registrado pela Bolsa de Xangai na terça-feira passada.

Na Ásia, as bolsas tiveram fechamento variado. Na China, o índice Xangai subiu. No Japão, o Nikkei fechou em baixa Na Europa, o FT-100 de Londres ficou estável. Já as bolsas de Paris e de Frankfurt fecharam em queda, respectivamente de -0,62% e -0,56%.

Em Nova York, o dia foi de fortes perdas. O Nasdaq caiu 1,51%, fechando na mínima do dia. O Dow Jones recuou 0,98% e o S&P 500 perdeu 1,14%. A queda do dólar frente ao iene foi um indutor do movimento de baixa das bolsas em Wall Street.

Numa sexta-feira de agenda econômica fraca, a Bovespa seguiu à risca a instabilidade das bolsas norte-americanas. Os destaques no mercado doméstico ficaram por conta das baixas de Petrobras PN (-3,05%) e Vale PNA (-3,11%). A primeira registrou volume de R$ 497 milhões. A segunda teve giro de R$ 457 milhões.

As ações da estatal acompanharam a queda dos preços do petróleo no mercado internacional. A cotação do óleo para entrega em Nova York em abril caiu 0,58% para US$ 61,64. Já as ações da Vale cederam com o fechamento em baixa das cotações das commodities metálicas no exterior. Outras ações do setor ficaram entre as maiores baixas do Ibovespa, como Usiminas PNA (-5,58%) e Gerdau PN (-4,68%).

Operadores acreditam que o Ibovespa deve manter a volatilidade, dentro de uma margem de 41 mil a 45 mil pontos. “Vai oscilar nesse intervalo. Mas com 42 mil pontos, já dá para dizer que a bolsa voltou a ter prêmio para o comprador”, comentou um operador.

Quem subiu - Entre os papéis que compõem o Ibovespa, as maiores altas foram BRT Operadora PN (+4,50%), Telemar ON (+3,93%) e Natura ON (+3,36%). As maiores baixas foram Braskem PNA (-6,54%), Ipiranga Petróleo PN (-6,26%) e ALL Unit (-6%).



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