O mercado foi sacudido, em janeiro, pela entrada de várias empresas oferecendo acesso gratuito à Internet. Há quem afirme que tudo nao passa de muita onda para pouca maré. Pelo menos assim pensa o líder desse mercado, Caio Túlio Costa, diretor geral do Universo Online (UOL), que desdenha da capacidade dos novos provedores como iG, BRFree e Super11, de oferecer o sonho da Internet grátis aos usuários.

Nem mesmo o anúncio feito semana passada pelo iG, de que já contabilizava 420 mil usuários em seu sistema - o que o tornaria o segundo maior provedor de acesso à Internet do Brasil -, assustou Caio Túlio, que tem hoje 630 mil assinantes. "O número que eles apresentam nao foi auditado. O cadastro deles é uma piada. O que é real ali? Uma grande mentira".

Costa bate duro e prevê, sem um pingo de remorso, a falência do modelo de Internet gratuita recém- instalado no Brasil. "A conta desse pessoal nao fecha e nao tem como fechar. Especialistas apontam para a falência desse modelo na Inglaterra em dois anos. Se lá a conta nao fecha, porque fecharia no Brasil?" - questiona.