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Ferré, Versace e Armani apresentam modelos para o homem
Da AFP
16/01/2007 | 19:06
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Os grandes nomes da moda italiana, entre eles Ferré, Versace, Dolce Gabbana, Prada e Armani, apresentaram nesta semana, em Milão (norte da Itália) modelos masculinos insólitos, combinando estilos selvagens e infantis com trajes austeros e, inclusive, religiosos.

Em sua coleção para o próximo inverno, Gianfranco Ferré revisou e modernizou seus modelos mais clássicos, como ternos pretos, alguns salpicados de cor, acompanhados de casacos e jaquetões de croco, sem deixar de lado as peles, como a sofisticada astracã e outras que o estilista aplicou em colarinhos e forros. Para acompanhar, calças confortáveis, amplas, ou jerseys apertados e curtos.

Os modelos de Dolce e Gabbana desfilaram cobertos de ouro, prata e bronze, e seus trajes de astronauta contrastaram com o estilo militar e religioso de Versace, cuja coleção para 2007-2008 apostou em um homem austero, que veste roupa escura e leva na alma um certo ar de clérigo.

Na passarela, os modelos se inspiraram no secretário do Papa Bento XVI, o religioso alemão Georg Gaenswein, célebre por seu corpo atlético, os cabelos loiros e a boca grande e volumosa.

A imprensa especializada já batizou a coleção de "Georg", dominada pelas cores preta, chocolate, bronze e camelo.

Na coleção da Prada, o corpo se libertou dos trajes pesados e formais, das costuras e pregas, para se refugiar em confortáveis calças de lã clara e malhas justas e flexíveis pretas.

A Prada propôs trajes e casacos amplos, que se alargam permitindo a maior liberdade de movimentos possível. O preto foi a cor de Armani, que preferiu se concentrar nos materiais e nos desenhos extravagantes.

O dinamismo e a criatividade de Giorgio Armani se confirmaram novamente, no jogo das variações de calças, às vezes leves usadas com botas militares, outras vezes justas com proteções nos joelhos, e folgadas em veludo ou ruidosas em nylon.

O excêntrico cantor Jim Morrison, vocalista da mítica banda de rock "The Doors", cujos acordes abriram o desfile de Roberto Cavalli, inspirou o estilista italiano. No ritmo selvagem de suas canções, os modelos exibiram calças e trajes inteiriços, justos ao corpo, em couro, croco e veludo, às vezes curtos ou virados sobre as botas.

"A calça é sinônimo de homem", resumiu o costureiro toscano, que utilizou longos jalecos de pele de potro, casacos de couro branco e cinturões repuxados.

O homem de Valentino, por sua vez, foi sóbrio, vestindo cores neutras, tons claros em jaquetas perfeitamente cortadas sobre calças de matérias-primas luxuosas: cashmere, tweed, príncipe de gales.

A moda italiana masculina, que enfrenta problemas para se impor no mercado diante da concorrência chinesa, se salva pelo setor de luxo, mas fechou o ano de 2006 em baixa: -0,7%, um resultado decepcionante depois do alcançado em 2005.

"A Europa está destinada a fabricar produtos de luxo", afirmou Raffaele Napoleone, administrador da Pitti Immagine, a feira de moda masculina que anualmente se celebra em Florença, centro da Itália.




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