Nem sempre assumir o comando de um trabalho legislativo e ser a principal voz para a realização das discussões em plenário são sinônimos de status e de reconhecimento por parte dos colegas parlamentares. Que o diga o vice-presidente da Câmara de Santo André, Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM). Durante ausência do presidente do Legislativo, Sargento Juliano (PMDB), o ‘demo' precisou liderar a sessão em determinado momento. Mas não foi só a falta de familiaridade com a poltrona nº 1 do Legislativo que deixou o político do DEM em tremenda saia-justa. Pinheirinho acabou ontem tendo seu dia de Heloísa Helena (Psol). Enquanto lia texto de um projeto de lei, o vereador notou que parte de sua prótese dentária havia rachado. Sem graça, Pinheirinho tentou dar aquele ar de que nada estava acontecendo, mas não conseguiu disfarçar que tentava arrumar o dente enquanto lia o documento. Os vereadores, que viram o desespero do vereador em não perder o sorriso, não entenderam nada...

Bastidores

Rodoanel
Parece que assumir a presidência municipal do PT fez bem para o vereador de São Caetano Edgar Nóbrega. Ontem, durante discurso na Câmara, ele fez piada com as candidaturas do partido e do PSDB à Presidência da República. "Se a ministra Dilma Rousseff é o caminho, José Serra é o pedágio." Boa parte não riu da piada, já que a maioria do Legislativo é ligada ao prefeito José Auricchio Júnior (PTB), apoiador da candidatura presidencial tucana.

Ary Toledo em Mauá
Quem também parecia estar em um autêntico show de humor ontem era o vereador de Mauá Alberto Betão Pereira Justino (PSB). Opositor ferrenho à administração, ele soltou a pérola para explicar a falta de explicações do prefeito Oswaldo Dias (PT) aos pedidos dos vereadores. "O Oswaldo é igual orelha de freira: a gente sabe que tem mas nunca vê". Nesse caso, a piada agradou mais.

Tucanos unidos
De possíveis rivais para aliados na mesma direção até outubro. Ontem, o ex-prefeito de São Bernardo William Dib (PSDB) oficializou o vereador de Santo André Paulinho Serra (PSDB) como coordenador de sua campanha a deputado federal. Até pouco tempo, Paulinho batia o pé que sairia também a federal, mas achou melhor investir na eleição de Dib, considerada por muitos como fato consumado.