A determinação para as mudanças partiu da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O reforço na compactação e fixação dos feixes de pneus foi adotado por causa do acidente sofrido em 1999 pelo piloto brasileiro Luciano Burti na Bélgica. Na ocasião, a Jaguar de Burti foi envolvida pelos pneus, que se soltaram da amarração, colocando em risco a vida do piloto.

O diretor de prova do GP do Brasil, Carlos Montagner, explicou que os pneus terão de estar perfeitamente parafusados e deverão ficar em posição perpendicular em relação ao carro. Com o novo sistema de compactação, 100 mil pneus protegerão os carros contra colisões nos muros.

Preocupada com os riscos da dengue, a organização da prova esclareceu que os 100 mil pneus serão furados em diversos pontos, evitando a concentração de água parada – criadouro do mosquito transmissor da doença.

Montagner relatou ainda que a troca da brita pelo asfalto nas áreas de escape vinha sendo discutida pela FIA desde 1999, após acidente que o alemão Michael Schumacher sofreu em Silverstone (Inglaterra). "Chegou-se à conclusão de que, dependendo da velocidade, a batida acontece de uma forma ou de outra. O asfalto pelo menos permite ao piloto uma última chance de corrigir o carro. Além disso, pode possibilitar a sua volta à pista, o que é praticamente impossível na brita", afirmou.

No autódromo de Interlagos, a brita já deu lugar ao asfalto no Esse do Senna, no início da reta oposta e na Curva Laranjinha. A caixa de brita vai continuar só na Curva 11 (Mergulho), mas a FIA determinou a substituição do material para o GP de 2003.

A organização da prova esclareceu ainda que o nivelamento do asfalto velho com o novo e a substituição do sistema de drenagem estão sendo processados em todas as áreas em que ocorreram as mudanças.