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Apesar de pressão do partido, Garotinho nega renúncia
Do Diário OnLine
24/06/2002 | 18:30
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A candidatura do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PSB) à Presidência da República está ameaçada. Apesar dele garantir que não desistirá da disputa, o partido estuda a possibilidade de recuar frente à queda de Garotinho nas pesquisas de intenção de voto. No último levantamento CNT/Sensus, divulgado nesta segunda-feira, Garotinho caiu 3,5 pontos percentuais, sendo ultrapassado pelo candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes. Além disso, com as alianças nacionais se fechando, a legenda começa a sentir que terá dificuldades para eleger senadores e deputados. Até agora, pequenos partidos que haviam prometido apoio a Garotinho ainda não o formalizaram.

Na manhã da próxima quinta-feira, a Executiva Nacional do PSB se reunirá em Brasília para decidir se a candidatura de Garotinho será mantida. Estarão presentes no encontro o presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, e o próprio Garotinho, que tem afirmado incessantemente que não renunciará ao cargo. Ele também rejeita ser indicado como vice na chapa de qualquer outro candidato.

Nesta segunda, ele afirmou que sua candidatura "está, neste momento, sofrendo um ataque especulativo" e que a queda nas intenções de voto, de 16,5% para 13%, foi pequena. "Não há a menor possibilidade de desistir. Aliás, eu achei a queda até pequena, porque passaram a semana inteira dizendo que eu ia renunciar", disse.

Garotinho também confirmou convite do PT para ser vice na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva. "Não estou em política para ser vice. Não iria fazer uma molecagem com os eleitores renunciando em cima da hora", afirmou, durante entrevista à Rádio Capital AM, em São Paulo. Ele disse ainda que os boatos de sua desistência na semana passada foram espalhados pelo governo e pelo PT.

Questionado sobre a coligação entre o PT e o PL em favor da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, ele preferiu minimizar as conseqüências. Um apoio pelo menos informal do PL ao PSB era esperado pelo candidato, mas, na última hora, os liberais preferiram ficar com Lula. "Nós vamos superar esses problemas encontrando outros partidos locais", garantiu.

O presidenciável ainda aproveitou a oportunidade para alfinetar o PT. Numa referência velada às denúncias de um suposto esquema de propina envolvendo a Prefeitura de Santo André, ele questionou a campanha milionária de Lula. Ele desafiou o candidato petista a provar de onde está tirando o "cachê milionário de R$ 1 milhão" para pagar o publicitário responsável por sua campanha, Duda Mendonça.

"Esse R$ 1 milhão é só para o Duda. Tem mais o pagamento da produção, dos jornalistas. Acho que o fundo (partidário) do PT não tem condições de pagar isso. Então, de onde vem o dinheiro?", afirmou.




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