Política Titulo
Serra questiona governo
21/09/2006 | 23:48
Compartilhar notícia


Depois de cobrar há dias explicações do PT sobre a procedência do dinheiro que pagaria um dossiê para envolvê-lo com a máfia dos sanguessugas, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, acusou nesta quinta-feira o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser o berço dos R$ 1,75 milhão apreendidos com dois petistas na semana passada pela Polícia Federal.

Para o tucano, o mais provável é que o dinheiro tenha vindo de empresas que mantêm relação com a gestão petista. “Dinheiro nasce em árvore? Não. Veio de algum lugar: do governo” afirmou. “É algum entendimento com grupos privados e negócios do governo.”

O tucano, que teve como único compromisso de campanha nesta quinta-feira uma entrevista a Rádio Bandeirantes, também voltou a artilharia para o adversário Aloizio Mercadante (PT). Ele disse desacreditar que o petista não sabia que um dos homens forte de sua campanha – o coordenador de comunicação Hamilton Lacerda, afastado – estava envolvido na negociação para publicação do dossiê na revista IstoÉ. “Acho difícil, muito difícil (não ter conhecimento).”

Sobre o suposto envolvimento do presidente Lula, Serra foi mais cauteloso. Disse que é assunto para a investigação e desconversou quando perguntado se era a favor do impeachment ou impugnação da candidatura de Lula. “Essa é uma questão que o partido está tratando.”

O tucano voltou a negar qualquer participação com a máfia dos sanguessugas e considerou descabida uma eventual investigação das informações divulgadas pela IstoÉ contra ele. “Se tivesse um dossiê, deveria investigar. Mas não existe. Eram meia dúzia de fotos e um CD vazio”, defendeu-se.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;