O processo de fechamento da cadeia de Mauá se arrastava desde 1995, quando uma vistoria realizada por engenheiros do governo do Estado constatou a inadequação do prédio – uma construção de 1962 – para abrigar presos. Mas a decisão judicial que determinou o fechamento, acatando a pedido da própria Secretaria de Segurança Pública, só saiu em 5 de junho de 2003. Desde essa data, nenhum preso mais pôde ser levado para a Cadeia de Mauá e começou então a transferência paulatina dos detentos que lá estavam.
Outros 150 detentos originários de Mauá estão na Cadeia Pública de Ribeirão Pires, onde o problema da superlotação se repete. O local abriga hoje em torno de 300 presos, enquanto a capacidade é para 80.
O delegado José Itamar Martins da Silva, diretor da Cadeia Pública de Santo André, informou que para receber os 35 presos de Mauá foi necessário fazer a transferência de 16 para o CDP (Centro de Detenção Provisória) da cidade.
A inauguração do CDP de Mauá, que estava prevista para maio, mas foi adiada para início de agosto, é uma esperança de alívio para as cadeias da região.O CDP terá 700 vagas. “Sem dúvida, o CDP vai desafogar principalmente Santo André e Ribeirão Pires, as cidades que mais sofrem com a transferência de presos de Mauá”, afirmou o delegado José Itamar Martins da Silva.
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