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Filho de Glauber Rocha estréia no cinema
Patrícia Vilani
Do Diário do Grande ABC
19/09/2002 | 19:55
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  O primeiro longa-metragem de Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha, estréia nesta sexta no circuito paulistano. O documentário Rocha que Voa (Brasil, 2002) não poderia ter outro fio condutor senão o cineasta revolucionário do Cinema Novo. O filme baseia-se na reconstituição de depoimentos com a voz de Glauber, em diálogos e entrevistas nos quais fala sobre o movimento que ajudou a criar no Brasil, mas também do cinema cubano, em conversas com Jaime Sarusky, Daniel Diaz Torres e José Carlos Asbeg, na época em que ficou exilado no país de Fidel Castro (em 1971 e 1972).

Rocha que Voa, portanto, é o resultado de longas horas de bate-papo. Há depoimentos de cineastas latinos, intelectuais e exilados políticos, como Alfredo Guevara, Tomás Gutierrez Alea, Santiago Alvarez, Marcos Medeiros, Fernando Birri, Julio Garcia Espinosa, Maria Teresa Sopeña, Mirian Talavera, Nelson Herrera, Germinal Hernandez, Nancy Gonzalez, Humberto Solas, Tat Quiñonez, Pastos Vega, Joaquim G. Santana e Manolo Perez.

Os fragmentos de seus filmes ilustram o documentário. Barravento (1962), Deus e o Diabo no Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967), Câncer (1968/1972) e Cabeças Cortadas (1970) estão entre os títulos usados. Mas também arquivos de família e longas como Memórias do Subdesenvolvimento, de Alea, e Viramundo, de Geraldo Sarno. Vale como um estudo da obra de Glauber, e também como observador do impacto provocado por ele no história da cultura latina.




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