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Inflação na região foi a mais alta desde abril de 2005
Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
19/01/2007 | 23:02
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A inflação medida pelo IPC-Imes/ABC (Índice de Preços ao Consumidor), apurado pelo Instituto de Pesquisas do Imes, fechou dezembro no mais alto patamar de 2006, de 0,70%. Até então, o nível mais elevado nos preços do Grande ABC havia sido em abril de 2005, de 0,74%.

O aumento verificado em dezembro teve grande colaboração do Grupo Despesas Pessoais, onde despontaram duas fortes pressões: as remarcações de preços em produtos como Fumo e Bebidas, de 4,41% e Recreação e Cultura, com 1,60%. No geral, o Grupo Despesas Pessoais sofreu majoração de 1,47%, de longe o mais alto na série de janeiro a dezembro do ano passado.

O segundo maior impacto no bolso dos consumidores veio do Grupo Transportes. Segundo o Instituto de Pesquisas do Imes, a elevação foi de 0,93% – inferior apenas as observadas em janeiro do ano passado, de 1,77% e, em março, de 2,16%. Tal desempenho deveu-se à influência do reajuste de parcela do transporte público da região, com aumento médio de 9,52%. Outra fonte de pressão veio do novo processo de reajustes sofridos no litro do álcool combustível, de 0,73%, contrabalançado pelo recuo do litro da gasolina nos postos do Grande ABC, de 0,35%.

No ano, o Instituto de Pesquisas do Imes destaca que o preço do álcool combustível fechou com deflação – queda de preços – de 8,37%. Já a gasolina ficou 2,12% mais cara na média dos 12 meses.

O terceiro grupo que ajudou a pressionar o IPC-Imes/ABC para cima, em dezembro, foi Alimentação. Grande vilão dos aumentos verificados em outubro e novembro, os itens desse grupo, mesmo mostrando forte desaceleração, subiram, em média, 0,64%, com destaques para o arroz, que ficou 3,13% mais caro, óleo de soja, que subiu 14,18%, sendo mais 5,73% para o óleo de milho e 3,11% para o café moído.

POSITIVO
Em pleno mês de festas, o Grupo Vestuário apresentou deflação no índice geral, de -0,25%. Esse resultado representa que o grupo fechou 2006 com recuo de preços de 0,49%. Artigos e peças para o público masculino sofreram recuo de 2,75% nos preços em dezembro, seguidos por vestuário voltado ao público feminino, cujos preços cederam 1,84% e calçados, com -1,11%.



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