Para saber o que pretendem os três principais candidatos caso vençam a eleição ao governo do Estado, o Diário inicia nesta terça-feira a série ‘Eu prometo’ com soluções para o Grande ABC apontadas por José Serra (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB). Serão 11 assuntos (Segurança, Metrô, Rodoanel, Ferroanel, ligação Jacú-Pêssego, saneamento básico, despoluição do rio Tamanduateí, despoluição da represa Billings, reversão do rio Tietê, habitação e situação das montadoras) – um em cada dia – abordados pelos políticos nesta sabatina. Nesta terça-feira, eles comentam sobre Segurança Pública.
Indeciso ou já decidido em quem votar nas eleições de outubro para governar o Estado nos próximos quatro anos, o fato é que o tema segurança tornou-se a preocupação principal dos eleitores paulistas. Independentemente da cor partidária, o assunto passou a interessar a todos, principalmente após os violentos ataques do PCC, que atingiram em cheio o morador do Grande ABC e que resultaram na morte de mais de 100 pessoas em todo o Estado. O que se espera das autoridades e de quem pretende ocupar o Palácio dos Bandeirantes é a apresentação de alternativas concretas para acabar de vez com a sensação de insegurança que ainda toma conta de boa parte da população.
Se por um lado a sociedade ainda vive amedrontada, por outro os policiais demonstram insatisfação com os baixos salários, um dos menores pagos por governos estaduais em todo o País. Isso sem falar na necessidade real do aumento do efetivo em praticamente todas as regiões do Estado. Ao todo, são cerca de 3,1 mil PMs e 1,4 mil civis na região, número responsável pela segurança de quase 2,5 milhões de moradores nas sete cidades do Grande ABC. No Estado, são 90 mil PMs e 40 mil civis.
Além de aumentar o número de profissionais, há um consenso na classe política da região pela criação de uma delegacia seccional em Mauá, que somaria-se às de São Bernardo, Santo André e Diadema. Promessa antiga dos governadores mas que até agora não saiu do papel. Isso sem falar no ranking de roubos e furtos, onde, na região, São Caetano e Santo André encabeçam a vergonhosa lista.
O fato é o que o assunto segurança pública, para desespero de muitos, acabou virando trunfo de intrigas políticas: os governistas defendem que muito já foi feito e insistem que os índices de criminalidade não páram de cair. Já os oposicionistas dizem que o Estado foi abandonado e entregue aos bandidos. Enquanto isso, a população continua no fogo cruzado.
Promessa de José Serra (PSDB)
“A região do Grande ABC, como todo o Estado de São Paulo, vem passando por uma grande reorganização de seu efetivo policial. As prioridades para o aumento do efetivo são classificadas de acordo com a eqüação tamanho populacional X índices criminais da região. Desta forma, a região do Grande ABC receberá mais policiais, através da abertura de concursos públicos tanto para a Polícia Militar como para a Civil, visando o aumento e a constante reposição do efetivo local, gerando uma presença ainda maior do policiamento nesta região tão importante do Estado.”
Promessa de Aloizio Mercadante (PT)
“Enquanto a Polícia Militar tem hoje um efetivo de cerca de 90 mil homens, a Polícia Civil possui quase 40 mil. A Secretaria da Administração Penitenciária conta com aproximadamente 30 mil funcionários para garantir a segurança nos presídios. Estes números evidenciam que a insegurança em São Paulo não pode ser creditada à falta de efetivo. Na verdade, faltam critérios para a distribuição do efetivo das polícias. É obvio que regiões com maiores índices de criminalidade devem ter preferência na distribuição do efetivo. Lamentavelmente, isso não está ocorrendo e o Grande ABC é um exemplo da falta de competência da Secretaria da Segurança Pública. Como é por todos sabido, a região não tem o número necessário de policiais para garantir a segurança da população. Ao assumirmos o governo de São Paulo iremos avaliar com rapidez essas falhas e corrigi-las em curto espaço de tempo.”
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