Dois times de um mesmo bairro de São Paulo, a Água Branca, na zona oeste de São Paulo, estão na ponta do Grupo 2 da Série A-2 do Campeonato Paulista, principal competição estadual de acesso do Brasil. O Palmeiras-B, com dez pontos ganhos, e o Nacional, com nove, são os melhores após quatro rodadas. No fim de semana, as duas equipes conseguiram vencer. O Palmeiras-B derrotou o Grêmio Barueri por 2 a 1, domingo, no Parque Antártica, e o Nacional venceu o União Barbarense pela mesma contagem, sábado, em Santa Bárbara d‘Oeste.

A proximidade geográfica entre os clubes, fundadores da FPF (Federação Paulista de Futebol), é muito grande. Os campos de treinamentos ficam na mesma rua, Marques de São Vicente, cada qual de um lado. Quem vai do Parque Antártica, estádio do Palmeiras, para o Nicolau Alayon, o do Nacional, só tem o trabalho de uma pequena caminhada e de atravessar as porteiras da estação Água Branca da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos).

Apesar da proximidade, há uma distância considerável na trajetória das duas equipes no futebol brasileiro. O Palmeiras é um dos maiores vencedores da competição estadual, ganhou quatro títulos brasileiros, uma Copa Mercosul e uma Copa Libertadores da América. O Nacional está fora da primeira divisão desde 1959, mas foi adversário respeitável dos grandes, principalmente nos anos 40, quando se chamava SPR (São Paulo Railway). A mudança veio com a encampação da ferrovia, que pertencia a ingleses, pelo governo brasileiro.

Os confrontos entre Palmeiras-B e Nacional já tem datas marcadas. Pelo primeiro turno, o jogo será no dia 8 de março, no Nicolau Alayon. No segundo turno, a 19 de abril, a partida será no Parque Antártica. Se o Nacional sonha com o acesso, ao Palmeiras-B a ambição é vedada por causa da presença do time principal na Série A-1. O regulamento determina que numa eventual queda palmeirense para a A-2, o seu time B será automaticamente rebaixado para a A-3.