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Frente Parlamentar irá priorizar Segurança e Saúde
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
22/06/2009 | 07:00
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A Frente Parlamentar criada em abril pelos presidentes dos sete legislativos do Grande ABC para discutir políticas públicas regionais começa a ganhar corpo e já elegeu as suas prioridades: Segurança e Saúde.

Esta semana, o grupo se reunirá com o prefeito de São Caetano e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, José Auricchio Júnior (PTB). Segundo os vereadores, o encontro não se limita à demonstração do interesse em participar das reuniões do órgão - normalmente realizadas com a presença apenas dos chefes dos Executivos - mas também em mostrar a força do parlamento na apresentação de sugestões de melhorias.

Para os vereadores, Segurança e Saúde têm caráter de urgência de medidas, já que são os temas mais reclamados pela população. "Vamos propor melhorias para todas as áreas, mas temos de começar por alguma, conhecer como funciona cada cidade e então levar ao debate", explicou o presidente da Câmara de Santo André, Sargento Juliano (PMDB).

Para Saúde, os presidentes prometem priorizar propostas para Mauá, especialmente no que se refere ao Hospital Radamés Nardini. A cidade é considerada, por unanimidade, a mais caótica na oferta desse serviço público. "Mauá é hoje a cidade que mais sofre neste aspecto e quando se pensa do ponto de vista regional, temos de pensar grande e não apenas na nossa cidade. Porque tudo funciona como uma máquina e, se uma engrenagem não funciona, prejudica todo o resto do equipamento", afirmou o presidente do Legislativo de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT).

Maninho, inclusive, pretende agendar uma visita dos presidentes dos legislativos ao Nardini. A ideia é mostrar de perto os problemas. Depois, eles pretendem pedir ajuda os deputados estaduais e federais que representam a região para pedir intervenção no caso.

"É óbvio que quando a Saúde não está bem em uma cidade, a população procura atendimento nos municípios vizinhos. Isso acaba sobrecarregando todo o sistema", completou Juliano.

Segurança - Para melhorar a Segurança Pública, os comandantes das câmaras acreditam que fator fundamental é a equiparação salarial de policiais militares das sete cidades. Atualmente a remuneração mensal de um PM varia de acordo com o número de habitantes da cidade em que ele trabalha. "Cidades com população maior pagam melhor. Isso acaba desmotivando a categoria", disse o presidente da Câmara de Santo André.

Ele ressaltou que, em muitos casos, os PMs que possuem mais de dois anos de carreira e trabalham em uma cidade com salário baixo, pedem transferência. "Assim, cidades menores, podem ficar também com policiais menos experientes."

O exemplo fica por conta do presidente do Legislativo de Ribeirão Pires, Edson (PDT). "Em Ribeirão Pires, os policiais militares ganham um auxílio de R$ 300. Em Mauá, mesmo pertencendo ao mesmo batalhão de Ribeirão Pires, eles ganham abono de R$ 650. Em Santo André, São Bernardo e São Paulo, o valor sobe para R$ 950."

Para solucionar a questão, uma das propostas é levar o assunto para a Assembléia Legislativa. "Equiparar os salários é competência do governo do Estado, mas temos de fazer pressão e pedir ajuda dos deputados que representam a região", explicou Maninho.

Histórico - Esta não é a primeira vez que uma frente parlamentar é criada na região. Em 2001, foi organizado um grupo pelos presidentes das Câmaras, mas por falta de propostas, a iniciativa não foi para frente. Antes disso, em 1996, o então vereador por Santo André e hoje deputado estadual, Vanderlei Siraque (PT) chegou a articular a formação de uma comissão de parlamentares para o debate de políticas regionais.




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