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Motorista é morto em Capuava
Mário César de Mauro
Da Redaçao
24/10/2000 | 18:58
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Um tiro disparado à queima-roupa atingiu a cabeça do motorista Valcir Gonçalves Barreiro, 58 anos, por volta das 8h30 desta terça-feira, durante tentativa de assalto no semáforo do cruzamento das avenidas Doutor Alberto Soares Sampaio com a Comendador Wolthers, em frente à empresa Philips, no bairro Capuava, em Mauá. Valcir foi levado ao Pronto-Socorro do Hospital Nardini, mas morreu logo depois dos primeiros atendimentos. 

 Na mesma área, aconteceu um crime parecido em julho passado. O também motorista Francisco Parra Medina Filho, 50 anos, morreu depois de ser levado por dois assaltantes na mesma avenida Comendador Wolthers. Ele foi baleado na rua Manoel da Nóbrega, no mesmo bairro, e foi jogado para fora do veículo que conduzia. A polícia ainda nao conseguiu a identidade dos assassinos.

  Valcir trabalhava há cerca de quatro meses em uma empresa prestadora de serviços da Recap (Refinaria Capuava) da Petrobras, em Mauá. Ele seguia com sua Kombi para um posto de combustível a fim de buscar alguns galoes de óleo diesel que seriam utilizados internamente na empresa. 

 "Seriam vários galoes de 50 litros. Quando ele sofreu a tentativa de assalto, o combustível ainda nao estava na caçamba. Normalmente esse trajeto é percorrido por nossos funcionários que realizam o serviço", disse o administrador da prestadora Antônio dos Santos Filho, 42. 

 Os policiais militares que atenderam à ocorrência nao localizaram testemunhas, mas uma ligaçao anônima para o Copom (Centro de Operaçoes da PM) revelou que dois ladroes surpreenderam Barreiro no semáforo, sendo que um deles atirou quando a luz verde acendeu, sem qualquer esboço do motorista. Em seguida, a dupla de criminosos correu em direçao à Estaçao Capuava da CPTM. 

 O cenário do crime é bastante favorável aos assaltantes já que é pouco movimentado. De um lado da avenida existe um matagal que dá fundos para a estaçao de trem e, na calçada oposta, se encontra a cerca lateral da Philips. 

 Viaturas do Resgate dos Bombeiros prestaram os primeiros socorros e levaram Barreiro para o Hospital Nardini. Ele morreu logo depois de chegar no PS. "Era um excelente funcionário", ressaltou Santos Filho.  O colega de profissao de Barreiro, Renato Alves de Souza, 46 anos, chegou ao local do crime minutos depois e lamentou a morte do amigo. "A violência está demais. Estávamos trabalhando juntos há pouco tempo, e foi ele quem arrumou esse serviço para mim", explicou.




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