Após a minissérie A Casa das Sete Mulheres, Jayme estará envolvido com sua estréia como diretor de cinema. É o filme Olga, baseado no livro do jornalista Fernando Morais. A produção contará a história de Olga Benário, mu-lher judia do líder comunista Luís Carlos Prestes, que foi extraditada pelo governo de Getúlio Vargas para um campo de concentração nazista. A idéia é que a produção entre em cartaz nos cinemas e depois seja adaptada para uma microssérie de quatro capítulos. “Também quero estar presente no próximo trabalho de Glória Perez na televisão”, afirma Jayme.
TV PRESS - Você sempre explora a natureza em suas produções. Quando o estilo de um diretor vira falta de ousadia?
JAYME MONJARDIM - A minha marca não é por meio de natureza, mas do conceito dos meus trabalhos. É mais difícil conceituar do que dirigir. Fazer uma tomada bonita de natureza é fácil, mas conceituar é o problema. Vou morrer levando natureza, cachoeiras e imagens bonitas para as minhas produções. É o meu jeito de fazer.
TV PRESS - Qual a dificuldade em dirigir uma minissérie como A Casa das Sete Mulheres?
MONJARDIM - As cenas de batalha e as dos navios, sem dúvida. Construímos duas proas, rampas de água, uma piscina cenográfica e toda estrutura, como nos melhores estúdios do mundo.
TV PRESS - Você tem um esquema de segurança do elenco nas cenas de cavalaria?
MONJARDIM - Tenho um grupo de cavaleiros contratados para a minissérie. Em todas as cenas de batalhas envolvendo cavalos, o elenco sempre é cercado por dois cavaleiros dublês para segurarem os atores em caso de queda. Há este risco. O Werner Schünemann quase caiu com um tropel de 60 cavalos atrás dele e seguraram ele no momento exato.
TV PRESS - Por que você eliminou o sotaque gaúcho da minissérie?
MONJARDIM - Porque iria virar uma salada de sotaques. O cinema norte-americano conta histórias maravilhosamente bem sem utilizar sotaque. Também decidi alterar a geografia do Rio Grande do Sul. Juntei a região dos pampas e da serra gaúcha para melhor contar a história. Acho que foi uma decisão acertada, pois no Rio Grande do Sul a audiência é absurda, chega a dar 51 pontos de média.
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