A expressão ‘uma mão lava a outra’ deu as caras no imbróglio que impede o início do Brasileiro da Série C. Isso porque ontem surgiu a informação de que a CBF ofereceu vaga na Série D ao Treze (PB) para que este retire a ação na Justiça comum que o concede o direito de disputar a Terceirona no lugar do Rio Branco (AC) – única pendência que interfere no começo do torneio. Isso para finalmente realizar a rodada inaugural, com cinco semanas de atraso.

O presidente do Treze, Fábio Azevedo, confirmou que recebeu a oferta durante encontro com o presidente da CBF, José Maria Marin. No entanto, ontem à tarde reuniu-se com o Conselho Deliberativo do clube que, unanimemente, decidiu pela rejeição.

“Nada de acordo. O Treze segue firme em seu propósito de disputar a Série C”, disse o mandatário. “Eles estão de brincadeira. Pedem para a gente abandonar a disputa, por ser o único clube que ainda mantém ação, mas logo depois o Rio Branco volta à esfera jurídica. Não podemos fazer acordo”, emendou o dirigente, citando a decisão do Estado do Acre de retomar a ação em favor do Rio Branco.

O clube paraibano tem direito à vaga se a CBF levar em consideração que em 2011 terminou a Série D na quinta colocação. Com as desistências do Gurupi (TO) e Resende (RJ), o torneio deste ano está com duas vagas e, de qualquer forma, dois convites teriam de ser efetuados para preenchê-las.

Enquanto isso, os 20 clubes da Série C seguem aguardando a definição. E o Santo André continua apenas treinando. De acordo com o diretor de futebol, Sérgio do Prado, o número de atividades foi reduzido em razão das condições climáticas. “Estamos fazendo um treino por dia. Como estamos em período de muita chuva, o campo está pesado e não é hora de forçar demais”, explicou o dirigente. “Diminuímos os treinos, mas a intensidade é maior”, emendou.

O técnico Claudemir Peixoto tem quase todo o elenco à disposição para trabalhar. O único que segue no departamento médico é o atacante Fabrício, em fase final de recuperação de contratura na coxa.