O islamita argelino Rashid Ramda comparecerá a partir de outubro a um Tribunal Criminal de Paris por seu suposto envolvimento em uma série de sangrentos atentados cometidos em 1995, em Paris.

Rashid Ramda foi condenado a dez anos de prisão há um ano por um tribunal de primeira instância, dentro do aspecto puramente delituoso do caso, no qual estava indiciado por "formação de quadrilha com fins terroristas".

Durante o julgamento, o acusado alegou inocência e denunciou um "processo escandaloso". Ramda pediu a seus advogados que não o defendessem e se negava a deixar a prisão para assistir as audiências. A sentença foi depois confirmada pelo Tribunal de Apelação.

O julgamento ante o tribunal criminal durará um mês e o acusado poderá ser condenado à prisão perpétua. Nesta ocasião, se voltará a analisar o papel de Ramda no financiamento dos atentados no metrô de Paris em 1995, nos quais morreram oito pessoas e outras 200 ficaram feridas, e que foram cometidos por ordem do GIA (Grupo Islâmico Armado) argelino. O extremista foi detido na Grã-Bretanha em 1995 e preso no sul de Londres.

Durante dez anos, Ramda conseguiu evitar a extradição para a França usando para isso todos os recursos que lhe oferecia uma antiga lei britânica. Em 1999, ele foi indiciado junto a outras 23 pessoas para comparecer ante um tribunal por sua suposta organização destes atentados.

Neste primeiro julgamento, os três principais membros da rede de supostos envolvidos foram condenados a dez anos de prisão pelas mesmas acusações.