O SAX (Serviço de Apoio à Exportação) e a In.Nova (Incubadora de Base Tecnológica) estão abrindo as portas de Santo André para investimentos japoneses. Os dois programas municipais foram os que mais despertaram interesse dos representantes de duas entidades japonesas ligadas ao fomento de relações comerciais. Eles estiveram na sexta-feira em Santo André para observar oportunidades de investimentos no município, além de estimular a exportação para o Japão e ainda estabelecer cooperação tecnológica.

A comitiva japonesa foi liderada por Teiji Sakurai, presidente da Jetro (Japan External Organization) – entidade ligada ao governo japonês para promoção do comércio exterior – e pelo secretário geral da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, Fujiyoshi Hirata. Os dois se reuniram com o prefeito João Avamileno e o secretário de Desenvolvimento e Ação Regional, Jeroen Klink.

Sakurai afirma que o SAX e a In.Nova podem servir de modelo para futuras parcerias entre empresas japonesas e brasileiras. “Ficamos muito impressionados. Precisamos conhecer melhor as empresas que participam desses programas, mas existem grandes chances de fecharmos acordos”, diz. Sakurai ressalta que o Japão tem iniciativas bastante semelhantes à incubadora. “Isso facilita a aproximação”, acredita. A In.Nova tem dois anos de existência e reúne 12 empresas do município que recebem apoio tecnológico e de infra-estrutura.

Jeroen Klink acredita que a prefeitura tem a função de facilitar as relações das empresas de Santo André com as entidades empresariais japonesas. “A nossa idéia é aproximar os dois lados. É difícil para as empresas sozinhas entrarem em um mercado tão difícil como o japonês”, diz. Klink destaca que a entrada no mercado japonês pode ser simplificada com a mediação da prefeitura. “É interessante para todos os envolvidos”.

O próximo passo neste processo será a elaboração de um dossiê detalhado de todos os programas do município que possam gerar parcerias, como APLs (Arranjos Produtivos Locais), Eixo Tamanduatehy e Mercocidades. O documento será entregue até o final de março quando será marcada uma nova reunião entre Jetro, Câmara e Prefeitura. “Faremos uma outra reunião para discutir as possibilidades concretas ainda no início de abril”, afirma Klink.

Sakurai acredita que o dossiê será fundamental para dar prosseguimento às negociações. “Temos que dar um passo de cada vez. Com o relatório, poderemos saber melhor quais os interesses e potencialidades de cada empresa participante”, diz. O presidente da Jetro esteve pela primeira vez na região em fevereiro, quando participou de um seminário sobre comércio exterior na Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.