Setecidades Titulo
Palhaço reclama de falta de investimento na cultura circense
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
11/12/2008 | 07:06
Compartilhar notícia
Claudinei Plaza/DGABC


Ontem, quando foi comemorado o Dia do Palhaço, Márcio Garces Silva, 43 anos, o palhaço Maskarito, lamentou a falta de investimentos dos governos brasileiros na arte circense. "Em outros países, os empresários apóiam bastante essa cultura."

Maskarito explica que descobriu seu dom para o circo quando era adolescente. "As pessoas me induziram a acreditar que eu era engraçado. O resultado é que já faz dez anos que sou palhaço", disse.

Enquanto faz com facilidade a própria maquiagem, o integrante do Circo Spacial relembra que tudo começou quando tinha 15 anos e a professora de uma escola na Bahia o convidou para ser o chefe dos palhaços de um circo que se formara. "Nenhum dos meus parentes era de circo, mesmo assim aceitei o desafio e comecei a estudar."

Para Maskarito, a postura das pessoas em relação ao circo mudou ao longo dos últimos anos. "O público não aceita mais ver animais presos, mesmo que eles estejam bem-tratados. Com isso, os palhaços tiveram de aperfeiçoar seus truques para arrancar sorrisos com suas palhaçadas. Temos o desafio de fazer com que as crianças tenham o interesse de dividir o tempo entre a televisão, a internet e vir ao circo", explicou.

No camarim de cerca de um metro e meio que divide com um amigo é que o ex-metalúrgico guarda objetos e lembranças dos diversos lugares por onde já passou, como, por exemplo, um óculos enorme que ganhou de uma menina na Arábia Saudita. Em sua bagagem cultural, Maskarito carrega também o idioma inglês, que aprendeu nas horas vagas assistindo filmes dentro do seu trailer.

"Um palhaço com um bom tempo de carreira chega a ganhar R$ 500 por semana. Dá para manter a família", contou o pai de cinco filhos.
Por fim, Maskarito chama a atenção para que os colegas de profissão tenham paciência e não desistam, pois o público precisa dessa alegria.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;