O volante Carlos Alberto, do Figueirense, foi condenado por ter falsificado documentos para adulterar a idade e pegou uma suspensão de 360 dias. O julgamento foi realizado, no Rio, na 2ª Comissão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Carlos Alberto poderia pegar pena de até 720 dias, mas foi suspenso pela metade disso: quase um ano longe do futebol.

Depois de revelada a falsificação, ele mesmo já tinha confessado que tem realmente 28 anos e não 23, como alegava anteriormente. No julgamento de terça-feira, quatro auditores votaram pela pena de 360 dias, enquanto um outro optou por 270 dias de suspensão. Carlos Alberto não compareceu ao tribunal. Segundo seus advogados, foi para se preservar neste momento em que todas as atenções estariam voltadas para ele.

O Figueirense não deve receber punição, pois não ficou comprovada sua participação na fraude. O próprio jogador revelou que fez tudo antes de chegar ao clube catarinense.

“A sentença ficou pelo meio do caminho. Não foi nem a mínima e nem a máxima. Não achei justa, porque ele fez isso por necessidade, para poder jogar futebol”, considerou Mário Bittencourt, advogado contratado pelo Figueirense, após a divulgação da sentença. A decisão ainda permite recursos, e o clube catarinense já deu a entender que deve entrar com um efeito suspensivo para que o jogador atue ainda neste ano.

Destaque do Brasileiro até a denúncia de que seria gato (gíria do futebol para denominar o jogador que altera sua data de nascimento), Carlos Alberto não tem futuro definido durante o período de gancho. O contrato dele com o Figueirense termina ao final da competição.

Nascido no ano 1978, o jogador adulterou a data em seus documentos para 1983, com o intuito de se beneficiar em torneios de futebol.