Economia Titulo
DIs captam R$ 806 mi e rendem 1,55% no mês
Walter Wiegratz
Da Redaçao
03/07/1999 | 18:32
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Os fundos DI (Depósito Interbancário) fecharam o mês de junho com uma captaçao de R$ 806 milhoes, para uma rentabilidade de 1,55% no período. A performance dos DIs continua a ser a melhor de toda a indústria brasileira de fundos que, por sua vez, encerrou o mês com um saldo positivo de R$ 342 milhoes, totalizando R$ 5,372 bilhoes ao longo do ano.

A motivaçao para a escalada dos DIs continua a ser a mesma dos últimos tempos, isto é, os juros altos e o risco bem menor para o investidor, apesar do viés de baixa nas taxas básicas de juro empreendido desde março pelo Banco Central.

Em contrapartida, os fundos de renda fixa de 60 dias continuam a minguar. Em junho, as perdas somaram R$ 564 milhoes, fazendo com que a captaçao no ano ficasse negativa em R$ 70 milhoes. A renda fixa rendeu 1,55% no mês.

Outra aplicaçao que foi muito sangrada no período foram os FIFs de curto prazo, que acumularam uma perda de R$ 856 milhoes (R$ 2,2 bilhoes no ano). Os FIFs de 60 dias para capital exclusivo acumularam R$ 540 milhoes em junho, o que faz dessa aplicaçao a segunda mais procurada no ano, atrás dos DIs. A rentabilidade foi de 2,2%.

Os fundos de açoes carteira livre captaram R$ 96 milhoes, para um rendimento acumulado no mês de 0,96%. Os fundos de açoes renderam 3,57%, mas perderam R$ 11 milhoes.

Só dá cerveja - Os negócios com os papéis da Brahma e da Antárctica na Bovespa (Bolsa de Valores de Sao Paulo) experimentaram uma alta próxima dos 25% no pregao da sexta-feira. A megafusao entre as cervejarias garantiu a festa também depois do pregao, sem importar o nome da cerveja que era servida nos bares próximos à bolsa paulistana.

Sóbrio, um operador disse que, agora, o mercado espera que a alegria do novo casamento nao se transforme em ressaca brava. Para isso, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) terá de admitir a tese de que a uniao das duas cervejarias nao fere as condiçoes impostas pela Lei Antitruste, de concentraçao de mercado nas maos de uma única empresa. Resta saber qual se manterá nas prateleiras, a "Número 1" ou a "Melhor do Brasil"?




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