O técnico do Duque de Caxias, Alfredo Sampaio, lamentou o assassinato do vice-presidente de futebol do São Caetano, Luiz de Paula, o Batata, ontem à tarde, na Capital. No entanto, criticou a decisão da Confederação Brasileira de Futebol de adiar para hoje, às 21h, a partida com o São Caetano, pela sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no Estádio Anacleto Campanella.

"Lamento essa tragédia (morte do dirigente), mas o adiamento é muito ruim porque atravessamos momento delicado na competição (o time carioca é o lanterna, com dois pontos). Qualquer mudança na ordem das coisas cria um clima de tensão. Acho que deviam marcar não para o dia seguinte, porque isso causa prejuízos aos atletas, tanto na parte física quanto psicológica", analisou o treinador.

Segundo Sampaio, foi a segunda vez em três dias que uma morte interferiu no ambiente do Duque de Caxias antes de uma partida. "No sábado, minutos antes do jogo com a Ponte Preta (em Duque de Caxias), fomos informados da morte do filho do Zé Luca, gestor de futebol do clube, na queda daquele helicóptero na Bahia. Entramos em campo traumatizados."

O atacante Somália, que defendeu o São Caetano em duas ocasiões (2001 a 2004 e nas temporadas 2006 e 2007), disse ser amigo pessoal de Batata e lamentou a tragédia. "Conversei com ele há três dias e ainda brinquei dizendo que faria gols e minhas dancinhas. É um choque muito grande, mas a vida é assim. A gente nunca sabe do dia seguinte, tem muita violência por aí", comentou.

O atleta soube da morte do dirigente pela TV minutos antes da saída do time do hotel para o estádio.

Alguns jogadores como o zagueiro Thiago Martinelli e o goleiro reserva Leandro Santos lamentaram pelas redes sociais a morte de Batata e desejaram "conforto" aos familiares.