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Consumidores invadem comércio de rua na véspera de Natal
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
25/12/2008 | 07:33
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A mania brasileira de deixar para comprar os presentes na véspera do Natal foi responsável pelo forte movimento na principal rua de comércio de Santo André, a Coronel Oliveira Lima, durante todo o dia de quarta-feira, para felicidade dos lojistas e correria dos consumidores.

"Quem vem escolher os presentes entre terça e quarta-feira são apenas aqueles que buscam lembrancinhas de última hora, na faixa de R$ 50. Esses dois dias correspondem a 70% do total das vendas feitas para o Natal", conta a gerente da loja Tiara - bolsas, cintos e acessórios -, Rosangela Batista.

Segundo ela, deixar as compras para a véspera é sinônimo de erro na hora de escolher o presente. "As pessoas só ficam preocupadas com o preço. No final das contas a maior parte dos itens comprados no último dia é trocado por quem ganha o presente", conta.

A loja Juliana Bijuterias também atribui metade do faturamento nas vendas de fim de ano aos dois últimos dias que antecedem a data natalina. "Podemos dizer que a véspera corresponde a um aumento de 50% do total de vendas. Muitas pessoas optam pela famosa lembrancinha na hora de presentear amigos e familiares, por isso fazem a festa aqui", brinca vendedora da loja Francielli dos Santos.

Colares e brincos, que variam entre R$ 3 e R$ 10, são os produtos mais comprados. Era justamente esses ‘presentinhos' que a estudante Vanessa do Carmo, 25 anos, estava comprando. "Não tive tempo durante a semana de comprar tudo. E, para unir e útil ao agradável, como hoje é véspera (quarta-feira) aproveito para vir a uma loja somente e já comprar uma lembrancinha para todos, afinal, o bolso não comporta tantos gastos".

A Bomtempo teve que reforçar o estoque de embalagens e cartões. Apesar de vender brinquedos, louças e itens de mercado, na véspera do Natal o que mais se vende mesmo são artigos de papelaria. "Como muitas pessoas tiveram férias coletivas neste final de ano, percebi que muitos consumidores anteciparam as compras. Hoje (véspera de Natal) o que mais vendemos são embrulhos e cartões, que sempre são comprados na última hora", afirma o gerente da unidade, Leandro Spadaccini.

Mesmo assim, ele conta que, neste ano houve crescimento de 5% nas vendas ante o mesmo período de 2007. "Nosso forte são os brinquedos com ticket de R$ 30".

A ajudante do costura Silvia dos Santos, 44 anos, aproveitou a manhã para comprar embrulhos e completar a lista de presentes que ainda faltavam. "Tentei me antecipar durante o mês, mas não tem jeito, sempre falta o presente de algum sobrinho", brinca.

O pedreiro Francisco de Araújo, 45 anos, não agüentava nem mesmo a quantidade de sacolas. "Trabalho pesado no final do ano para ter dinheiro e comprar uns presentinhos para os de casa, então não tenho saída, me sobram os últimos dias para ir às compras", disse ele que driblava a multidão.

Correria para alguns lojistas, tranquilidade para outros. Na loja Tecidos Olivi o movimento era normal. "Nosso pico de vendas para esta época do ano é durante as primeiras semanas de dezembro, afinal, os consumidores compram o tecido e precisam de tempo para confeccionar a roupa", disse o proprietário que se identificou como Reinaldo.

Como a loja também oferece itens de cama, mesa e banho, na véspera do Natal as vendas se concentram nas tolhas temáticas de times, responsável por aumentar as vendas em até 10% neste período.




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