O ex-presidente reuniu cerca de 12 vídeos para embasar a sua linha argumentativa de que não teria feito ataques para desacreditar o sistema eletrônico de votação
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele pudesse exibir vídeos durante o seu depoimento sobre a tentativa de golpe de Estado denunciada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Bolsonaro pretendia expor gravações de autoridades que fizeram críticas às urnas eletrônicas, como o ministro do STF Flávio Dino e o ex-ministro Carlos Lupi (PDT). O objetivo era contrastar o seu discurso, que utilizou notícias falsas para atacar o sistema eletrônico de votação, com as manifestações de políticos de esquerda.
O ex-presidente reuniu cerca de 12 vídeos para embasar a sua linha argumentativa de que não teria feito ataques para desacreditar o sistema eletrônico de votação. As imagens comprovariam, na avaliação de Bolsonaro, de que se tratava de mera discordância técnica amparada pela liberdade de expressão.
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Ao negar o pedido, Moraes afirmou que o interrogatório "não é o momento adequado para apresentação de provas novas, ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes". O ministro indicou que, caso entenda conveniente, a defesa do ex-presidente deve juntar os vídeos aos autos do processo.
"No interrogatório, o réu e sua Defesa podem utilizar, apontar e fazer referência a qualquer prova presente nos autos", afirmou Moraes.
Bolsonaro disse em conversa com jornalistas antes do início do interrogatório que vai falar por horas quando chegar a sua vez de responder as perguntas dos ministros da Primeira Turma, da PGR e dos advogados dos outros réus.
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