Na sexta-feira, técnicos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) concluíram que, de fato, o salão impede o escoamento do córrego. Na noite de quarta-feira, uma forte chuva fez com que os barracos e casas que ficam ao lado da igreja fossem inundados pelo esgoto e 12 famílias ficaram ilhadas. Os moradores acusam o pastor Eliseu Ferreira da Silva de erguer a casa mesmo sob protesto dos vizinhos, que previam o alagamento.
O Estado reconhece ser proprietário da área e, via assessoria de imprensa, disse que já comunicou ao pastor que a demolição é a única saída. Caso contrário, a CDHU entrará na Justiça com pedido de reintegração de posse.
A Prefeitura, que argumentava não ter responsabilidade sobre a área, garantiu realizar obras de canalização do córrego Juscelino Kubitschek, com início previsto para janeiro. A assessoria de imprensa informou que, tudo o que estiver no caminho do córrego, será removido. Inclusive a sede da igreja.
Ainda revoltados, os moradores contabilizavam sexta-feira os prejuízos decorrentes do transbordamento do córrego. Eles prometem derrubar o salão, caso sofram de novo com a enchente. O presidente da Sociedade Amigos de Bairro da Vila Ferreira, Domingos Pereira, disse que ainda aguarda um posicionamento definitivo dos órgãos públicos para solucionar o problema. “Vai ser difícil controlar os moradores”.
Colaborou Sucena Shkrada Resk
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