Seis parceiros estavam na mesa do tradicional bar na avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, cenário de inúmeros encontros de moradores vizinhos para assistir a jogos de futebol. Na Vila Belmiro, era intervalo de jogo e o placar ainda era de 1 a 0 para o Santos. O relógio marcava 22h30. Sing quis parar a partida de truco em melhor de três.
Segundo uma testemunha, Chiefo ameaçou-o de morte, caso se levantasse da mesa, mas ele se levantou para ir embora e Chiefo atirou. A arma falhou e, enquanto Chiefo retirava a munição defeituosa da pistola calibre 380, Sing, em pânico, pediu para não morrer. As outras quatro pessoas que jogavam truco tentaram conter o estudante. Sing foi baleado no peito, na cabeça e em uma das pernas.
Clientes e parceiros correram para a avenida. “Acabou a noite para todo mundo. Não tinha mais clima de jogo de futebol”, disse um amigo de infância de Chiefo e Sing. “Freqüentamos esse bar há mais de 20 anos. Conhecia os dois e não dá para entender o que aconteceu. Ainda estou com o barulho dos tiros no ouvido.”
O irmão de Sing, Ari Alves, 39 anos, ficou chocado com a estupidez do crime. “Ele era trabalhador.” Sing era solteiro e foi sepultado às 16h30 desta quinta-feira no cemitério das Colinas, em São Bernardo.
Chiefo não foi encontrado pela polícia em casa, no bairro Cerâmica. Ele fugiu com a motocicleta que tinha deixado na frente do bar. Até a noite desta quinta-feira, continuava foragido. “Vamos identificar quem estava jogando truco”, disse o delegado Waldir Antonio Covino Júnior. Chiefo tinha passagem por porte de drogas e por uma discussão com policiais militares em 2002.
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