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Autônomo fica refém por 24 horas em Sto.André
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
17/06/2003 | 21:05
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O autônomo B.R.S., 50 anos foi espancado e ficou 24 horas privado de liberdade, ao ser vítima de um seqüestro, que começou segunda-feira, na região do Parque Dom Pedro II, em São Paulo. B. foi libertado por volta de 15h30 de terça-feira do cativeiro onde era mantido em uma favela do bairro Sítio dos Vianas, em Santo André, por policiais militares da 3ªCompanhia do 10º Batalhão. Apenas o adolescente T.L.S., 17, foi preso. A polícia ainda não tem pistas de três homens que renderam B.. O autônomo ganha cerca de R$ 400 por mês e pode ter sido vítima por engano.

Por volta de 15h de segunda-feira, o autônomo passava à pé pela praça Fernando Costa, na região do Parque Dom Pedro II, em São Paulo, quando foi surpreendido pelos três criminosos armados, em um carro que B. não conseguiu memorizar as placas.

Colocado no veículo, ele foi levado até Santo André, onde os seqüestradores o obrigaram a entrar em um Fusca. B. disse aos policiais que o primeiro carro onde foi colocado é importado, mas não soube identificar a marca nem o modelo.

Os criminosos levaram o autônomo até um barraco em uma das vielas que brotam da rua Henrique Dias, no bairro Sítio dos Vianas. “Então, eles disseram que era um seqüestro e pediram o telefone da minha família”, disse B..

Os bandidos não chegaram a ligar para a família do autônomo, mas ele disse que ao perceberem que sua família é de classe média baixa, decidiram pedir R$ 1,5 mil de resgate.

B. foi mantido amarrado com uma corda à uma cama no barraco na maior parte do tempo. Além disso, recebeu uma coronhada na cabeça e dois chutes no ombro, que teriam provocado uma fratura em sua clavícula – a vítima ainda passaria por examinação médica, quando conversou com a reportagem do Diário.

Denúncia – Os policiais militares localizaram o cativeiro por meio de uma denúncia anônima. Pelo menos quatro viaturas estiveram no local e quando os policiais entraram no barraco, apenas T., desarmado, tomava conta do autônomo.

De acordo com o sargento Mauro da Costa Santana, foram encontradas com o menor duas placas de circuito impresso de máquinas de caça-níquel, que teriam sido roubadas dias antes.

“A gente suspeita que, além dele (o menor T) e dos outros três ladrões, mais duas mulheres estão envolvidas no crime”, disse o sargento Santana. “Por enquanto, a única coisa que se sabe é o primeiro nome delas, Michele e Janaína”, disse o policial. Michele e Janaína foram procuradas pelos policiais na favela na tarde de terça-feira, mas não foram localizadas.




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