Em seguida, foi a vez da Salgueiro mostrar na avenida sua própria história. A escola está comemorando 50 anos de existência e por isso escolheu o samba "Salgueiro, Minha Paixão, Minha Raiz, 50 Anos de Glória". Apesar de empolgar a arquibancada, a escola deverá perder pontos, já que teve problemas com a harmonia e estourou o tempo em quatro minutos.
A Grande Rio, de Joãozinho Trinta, trouxe à avenida a história da Cia. Vale do rio Doce. Com muita criatividade, a escola fez um grande desfile. O destaque ficou por conta da comissão de frente, que tinha homens seminus e imensas alegorias móveis.
A quarta escola a entrar foi a Viradouro, que mostrou na Sapucaí a história da diva brasileira Bibi Ferreira. Apesar da emoção da atriz e do luxo da escola — que gastou mais de R$ 4 milhões com o Carnaval deste ano — o destaque ficou por conta da bateria e sua madrinha, Luma de Oliveira. Em determinado momento do desfile, os percussionistas pararam e inclinaram o corpo para frente (todos ao mesmo tempo), num ato de reverência à homenageada. A coreografia rendeu os aplausos da platéia. Entre os famosos que desfilaram pela escola, estavam Raul Cortez, Mauro Mendonça, Paulo Goulart e Nicete Bruno.
A bateria também foi o destaque da Império Serrano, com o enredo "E onde houver trevas que se faça a luz!". Falando sobre a importância da luz, a escola teve alguns problemas com os carros alegórcios, mas nada que uma ousadia da percussão pudesse compensar. Repetindo a manobra que já tinha feito no Carnaval do ano passado, os músicos inverteram a ordem dos instrumentos e entraram de costa. O prefeito do Rio, Cesar Maia, estava em um dos carros. Suzana Werner também marcou presença.
"Zumbi, rei de Palmares e herói do Brasil. A história que não foi contada" foi o enredo escolhido pela Caprichosos de Pilares, a penúltima escola a entrar na avenida. A escola apresentou fantasias pouco criativas o que não empolgou o público, que já mostrava sinais de cansaço. O destaque ficou por conta de uma homenagem ao jornalista Tim Lopes, morto no ano passado por traficantes do Rio, e da madrinha da bateria, Nana Gouvêa.
A Portela entrou na avenida com o dia já claro, por volta das 5h45 e encerrou os desfiles do primeiro dia da Marquês de Sapucaí. Com quatro mil integrantes e muita animação, contou a história do bairro Cinelândia, no Rio de Janeiro, famoso por ter sido palco de grandes manifestações políticas e considerado um grande centro cultural dos anos 40 e 50.
Hoje - Nesta segunda-feira desfilam, a partir das 21h, Tradição, Mangueira, Beija-Flor, Unidos da Tijuca, Porto da Pedra, Mocidade e Imperatriz Leopoldinense. A previsão é de que 50 mil pessoas assistam aos desfiles.
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