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Crise do Corinthians chega à diretoria
Do Diário OnLine
08/03/2004 | 22:56
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A crise de 10 meses que abala o Corinthians, ameaçado de rebaixamento no Campeonato Paulista, já deixou as quatro linhas e atingiu a diretoria. A saída de Andrés Navarro Sanchez, vice-presidente de Esportes Terrestres, é considerada iminente. Apesar da negativa por parte da assessoria do presidente Alberto Dualib, Sanchez deve entregar o cargo oficialmente nesta terça-feira.

O dirigente apareceu no clube nesta segunda-feira e conversou com alguns amigos e associados. Na visita, Sanchez evitou a imprensa e não fez comentários sobre a crise corintiana.

O assunto delicado incomoda a toda a diretoria. O vice-presidente de Futebol, Antônio Roque Citadini, não quis fazer comentários sobre a situação do colega. Disse apenas que a questão cabe ao presidente Dualib, cuja assessoria confirmou a continuidade dele no clube.

Mesmo que deixe a vice-presidência de Esportes Terrestres, ele continuará ligado ao clube, pois é conselheiro vitalício.

Voz ativa no futebol do Corinthians, Andrés Sanchez participou nas contratações dos 14 reforços para esta temporada. Mas o pacotão de atletas se mostrou uma imensa decepção. Apenas o goleiro Fábio Costa e o volante Freddy Rincón justificaram o investimento até agora.

Fantasma - Nem a folga dada ao elenco pelo técnico Oswaldo de Oliveira desanuviou o clima do Corinthians nesta segunda-feira. Depois de perder para o América (2 a 1), no domingo, o Timão deu adeus à classificação no Campeonato Paulista e voltou a correr contra o rebaixamento.

Os treinos serão retomados nesta terça-feira. E o clima de tensão deve aumentar. A torcida Gaviões da Fiel promete comparecer em peso ao Parque Ecológico do Tietê para protestar contra a situação da equipe.

O jogo contra a Portuguesa Santista, próximo domingo, no Pacaembu, ganhou status de final de campeonato. O Corinthians (8 pontos) tem de vencer a Briosa (12), que pode se classificar à segunda fase. Se perder ou empatar, o Timão passa a torcer para que o São Paulo (22) vença o Juventus (6), lanterna do Grupo 1. O jogo será no Anacleto Campanella, em São Caetano, pois a Rua Javari – estádio do Juventus – tem capacidade para apenas 4 mil torcedores.

Decepcionados pela desclassificação, os corintianos consideram que uma vitória contra a Briosa, no Pacaembu, virou questão de honra. "Não será nenhum favor, e sim a nossa obrigação", sentenciou o goleiro Fábio Costa. "Até pra nos desculparmos com a nossa torcida."

O técnico Oswaldo de Oliveira, outro abalado pela péssima campanha do Corinhtians, não quer saber de ajuda do arqui-rival na última rodada. "O São Paulo é problema do São Paulo. Nosso objetivo é trabalhar para vencer a Portuguesa Santista."

"É preciso acreditar que vamos nos salvar. O Corinthians só depende de si", afirmou. O técnico também assumiu o papel de psicólogo do time. "A situação é dramática, mas o Corinthians vai se superar", prometeu. "A hora exige calma. É preciso manter os pés no chão."

A intenção do treinador é contar com força total para a 'decisão' diante da Briosa. Para isso, o volante Freddy Rincón fez tratamento intensivo nesta segunda-feira. Ele sentiu uma contusão no pé direito na partida contra o América e virou dúvida para a última rodada do Paulistão. O meia Rodrigo, voltando de contusão, é outra dúvida de Oswaldo para a montagem da equipe.

Cofre vazio - Fora de campo, a briga do clube é na Justiça. O meia Edu, do Arsenal, cobra na Justiça os 15% referentes a sua negociação com o clube inglês em 2001, por US$ 9 milhões. O jogador teria direito a US$ 1,3 milhão (aproximadamente R$ 3,7 milhões), mas recebeu apenas uma parcela.




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