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Programa faz empresa ter custo menor
Fabiana Marinello
Da Redaçao
08/07/2000 | 17:30
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  A Eliplastic, fabricante de talheres de plástico, de Diadema, obteve uma reduçao de 12,5% nos custos de produçao com a consultoria dos profissionais do Programa de Unidades Móveis de Atendimento Tecnológico às Pequenas Empresas (Prumo), uma iniciativa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto Nacional do Plástico (INP), com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A empresa recebeu durante três dias a visita da equipe do Prumo, munida de uma van com laboratório para oferecer assistência tecnológica. Os principais problemas resolvidos com o programa sao a falta de qualidade, necessidade de reduçao de custos, adequaçao às normas técnicas, desenvolvimento de produtos para um mercado específico e design.

Um dos problemas da Eliplastic era com o ciclo de injeçao de plástico, que estava muito alto. O proprietário da empresa, Maurício Frate, explicou que o tempo que a resina levava para se transformar no produto final estava muito longo, cerca de 18 segundos. "O tempo é o nosso maior aliado e qualquer reduçao significa lucro." Com o apoio dos engenheiros do Prumo, o ciclo de injeçao caiu para 12,5 segundos. "A queda no tempo vai aumentar a minha produçao."

Outra soluçao apresentada à Eliplastic foi a possibilidade de usar outra matéria-prima. A intençao de Frate era encontrar outra opçao para nao depender apenas de um produto. Segundo ele, a empresa utiliza o polietileno e o Prumo sugeriu outra resina que tem as mesmas características.

"O nosso problema era encontrar um produto que oferecesse a mesma qualidade, textura, peso, brilho e durabilidade. Para nós seria difícil encontrá-lo, já que existem mais de 26 tipos de resinas que podem ser usadas na fabricaçao dos talheres plásticos", afirmou Frade.

O investimento na tecnologia oferecida pelo Prumo custou à empresa, que tem em sua lista de clientes empresas aéreas, hospitalares e de alimentaçao, entre elas a Pizza Hut e o Restaurante Viena, R$ 900. Entretanto, o valor real do trabalho oferecido pelo programa é de R$ 2,9 mil, dos quais o Sebrae bancou R$ 2 mil a fundo perdido. "O custo, sem dúvida, foi muito menor do que o cobrado por uma empresa privada. Já estou programando com os engenheiros uma próxima visita", disse Frate.

Com o sucesso obtido com o projeto, que já atendeu a mais de 150 empresas em 36 cidades do Estado, o Prumo deverá ser ampliando ainda este ano. A proposta é que o atendimento seja estendido para empresas do setor de móveis, calçados, cerâmica, borracha e tratamento de superfícies.

Segundo a diretora adjunta do IPT, Mari Tomita Katayma, a Fundaçao de Amparo à Pesquisa do Estado de Sao Paulo (Fapesp) deverá liberar recursos para serem adquiridas mais 16 vans, orçadas em US$ 150 mil cada. Ela explicou que o setor de plástico ganharia mais seis veículos e os outros setores receberiam duas vans cada.

O projeto, que pretende incrementar a produtividade e possibilitar que as empresas produzam com mais qualidade, é resultado da uniao entre Sebrae, a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de Sao Paulo, a Fapesp, o IPT e o INP. Informaçoes sobre o Prumo pelo telefone 0800-557790.




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