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Segunda morte por dengue na região é confirmada em Diadema

Primeiro óbito foi registrado em Santo André, no dia 24 de março; casos cresceram 26% em uma semana

Thainá Lana
03/04/2025 | 12:38
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Arquivo/Agência Brasil

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Matéria atualizada às 19h30

A segunda morte por dengue em 2025 no Grande ABC foi confirmada nesta quinta-feira (3), em Diadema. O paciente, que não teve o sexo ou a idade revelada, tinha entre 50 e 64 anos, segundo informações do governo do Estado. O primeiro óbito pela doença na região foi registrado em Santo André, no dia 24 de março, em uma mulher de 55 anos, de acordo com a Prefeitura.

Em relação aos casos confirmados de dengue, em uma semana, os registros cresceram 26,1% nas sete cidades. No dia 27 de março, foram contabilizadas 2.468 notificações, enquanto nesta quinta-feira (3), as ocorrências subiram para 3.113. Santo André (904), Diadema (857) e Mauá (584) são os municípios com mais casos.

Na região, outras 2.240 ocorrências estão em investigação. No Estado, a alta foi de 14,9% no período, passando de 337.239 confirmados na semana passada para 387.578 nesta quinta-feira. São Paulo tem ainda 111.994 registros e 467 mortes sendo investigadas.

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A médica infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Jessica Fernandes Ramos, disse que essa alta nos casos já é esperada para o período. Isso porque os registros da doença crescem consideravelmente durante o verão por conta da alta incidência de chuvas. O acúmulo de água faz com que a proliferação do mosquito Aedes aegypti se intensifique.

“Historicamente, os meses de março e abril costumam registrar o pico de casos anuais na maior parte das regiões do País. Esse aumento de 26% em uma semana no Grande ABC é um dado que chama atenção e mostra uma transmissão muito intensa e acelerada, além do número de óbitos que acaba subindo junto. Esse cenário exige um reforço nas ações de controle, mobilização da população e estruturação no atendimento nos serviços de saúde”, pontuou a médica.

A especialista, que é membro do SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explicou que o índice de letalidade da doença é baixo, em torno de 0.02% a 0.05% dos casos confirmados. “O corte para pacientes de maior risco, como idosos, pessoas com comorbidades, crianças e pacientes diagnosticados tardiamente, é um pouco maior, em torno de 0.08%”, ressaltou a infectologista.

Questionada, a Prefeitura de Diadema não respondeu até o fechamento desta edição. 

OUTROS REGISTROS

Além dos óbitos confirmados, outras duas mortes suspeitas na região, em São Bernardo e Ribeirão Pires, estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado da Saúde. 

Na Região Metropolitana de São Paulo, foram registrados cinco óbitos, sendo dois no Grande ABC, outros dois na Capital e um em Caieiras. Em todo o Estado foram contabilizadas 368 vítimas no ano.

Em 2024, o Grande ABC teve 65 óbitos e 59 mil casos de dengue. A primeira morte na região no ano passado foi notificada no início de março, em Mauá. A vítima era mulher e não teve a idade revelada – segundo o governo estadual, tinha entre 35 e 49 anos. Já o segundo óbito foi contabilizado no mesmo mês, em Diadema.

AÇÕES

Em janeiro, as prefeituras do Grande ABC iniciaram campanhas de combate a dengue, com ações de conscientização e medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti. Entre as ações adotadas pelos municípios, estão conscientização da população por meio de visitas domiciliares, monitoramento de imóveis públicos, bloqueio de casos suspeitos ou confirmados, avaliação de densidade larvária, nebulização e bloqueio de criadouros, entre outras medidas.

Desde junho do ano passado, a vacinação contra a dengue está disponível nas unidades de saúde da região. O imunizante é destinado inicialmente para o público infantil, de 10 a 14 anos.

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