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Alemanha quer punição a desequilíbrio fiscal na UE
10/08/2011 | 07:43
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Cansada de ter de resgatar seus colegas europeus, a Alemanha quer punir governos que não cumpram metas fiscais e ter o poder de impor reformas àqueles que desejam usar o euro.

A proposta foi apresentada por Berlim, que leva à Bruxelas a ideia da criação de um Conselho de Estabilidade para monitorar as contas do continente. Os alemães ainda querem forçar os governos a adotar em suas constituições leis para obrigá-los a manter contas equilibradas.

A medida surge no momento em que o resgate da zona do euro causa terremoto político para a chanceler Angela Merkel e uma rebelião dos partidos da aliança que formam o governo, que a questionam de estar sendo "frouxa". Os partidos Cristão-Democrata e Democrático questionaram a atitude da chanceler de apoiar um novo resgate a países falidos ou aumento do fundo de resgate da União Europeia (UE). Os alemães, que pagam por quase 25% de todo o pacote de resgate adotado no bloco, avaliam que não devem mais gastar recursos públicos para socorrer outros países.

Alguns deputados já convocaram reunião de emergência do partido para aprovar voto de censura contra Merkel. Os partidos ainda atacam sua decisão de ceder à pressão do Banco Central Europeu (BCE) e permitir que a entidade use recursos públicos para comprar títulos da dívida da Itália e da Espanha.

"Os partidos que formam parte do governo têm direito a participar dessas decisões", disse o presidente da ala jovem do partido Cristão-Democrata, Philipp Missfelder, em entrevista ao jornal Bild. O partido liberal Democratas Livres também questiona Merkel. Para tentar acalmar a revolta na base aliada, o ministro da Economia da Alemanha e vice-chanceler, Philipp Rosler, vai propor a criação de um Conselho de Estabilidade da Europa que terá como função avaliar cada país da zona do euro, impor sanções e forçar reformas aos indisciplinados.

Outra proposta da Alemanha é que as constituições de países da zona do euro tenham leis claras exigindo equilíbrios em suas contas. Isso evitaria déficits de mais de 10% em países como Grécia, Irlanda e Itália. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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