Política Titulo Serviços básicos
Sem caixa, Diadema tem de quitar R$ 93 mi em atraso a fornecedores

Valor está embutido nas dívidas herdadas pela gestão Taka Yamauchi; secretários estão negociando pagamentos para não paralisar os serviços

Angelica Richter
23/03/2025 | 08:12
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FOTO: Celso Luiz/DGABC


A gestão do prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), tem realizado reuniões com fornecedores que fecharam 2024 sem terem sido pagos pelos trabalhos prestados à Prefeitura. O objetivo é evitar que a cidade fique sem serviços básicos, como capinação, lavagem das feiras e transporte de lixo.

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“Nas últimas semanas os secretários municipais têm realizado reuniões com fornecedores, a fim de obter descontos nos restos a pagar e também como forma de obter parcelamento para não paralisar fornecimento de serviços básicos”, informou a administração municipal, em nota, ao complementar que a medida vem ao encontro de decreto de Taka que criou a Comissão de Saneamento das Contas Públicas, com o objetivo de negociar e reduzir os restos a pagar, bem como estabelecer um parcelamento das dívidas deixadas pela gestão José de Filippi Júnior (PT). 

O governo do emedebista afirmou que dos R$ 2,5 bilhões em dívidas que herdou da gestão de seu antecessor, os débitos com fornecedores ultrapassam R$ 93 milhões, sem a devida disponibilidade financeira. Segundo a Prefeitura, as dívidas têm gerado grande dificuldade na administração do fluxo de caixa para realizar as obras e ações previstas no plano de governo proposto por Taka.

“Só para se ter uma ideia, algumas empresas chegaram a ficar em 2024 com até seis meses de atraso nos pagamentos. A maioria dos contratos fechou o ano com dívidas em aberto. Por exemplo, na construção do Quarteirão da Educação, a dívida que ficou a pagar com a empresa soma R$ 9.277.734,87”, disse o governo municipal.

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Na área de saneamento básico, urbanização, capina-ção, lavagem das feiras e transporte de lixo, os débitos deixados com as empresas detentoras dos contratos pelos serviços somam R$ 18.041.326,21.

Segundo o governo municipal, área de prestação de serviços de manutenção de iluminação pública, modernização, locação de ativos de manutenção, o município fechou o ano devendo R$ 1.966.456,23. O mesmo ocorre com a manutenção do sistema viário e serviços complementares, cujas dívidas chegam a R$ 5.232.473,91

Em relação à prestação de serviços de locação de caminhões e máquinas, a cidade fechou o ano com dívidas R$ 3.509.221,52. Já na área da saúde, Diadema ficou devendo R$ 5.920.101,17 em 2024.

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RESTOS A PAGAR

“É importante ressaltar que os montantes informados se referem somente aos valores inscritos em restos a pagar. No entanto, já existem informações (de) que vários contratos não tiveram todos os valores relativos às despesas de 2024 empenhadas naquele ano, o que além de sobrecarregar o fluxo de caixa também vai onerar o orçamento do corrente exercício, uma vez que tais despesas deverão ser pagas como Despesas de Exercícios Anteriores”, destacou o Paço.




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