A economia americana criou 110 mil empregos em setembro, contra 89 mil em agosto, enquanto que o índice de desemprego subiu para 4,7% da população ativa, contra 4,6% no mês anterior, anunciou nesta sexta-feira o departamento do Trabalho.

O número de empregos criados surpreendeu de forma positiva os analistas, que previam 100 mil contratações novas, ao passo que o desemprego está de acordo com as expectativas. O número de empregos criados é o maior desde maio, enquanto que o desemprego chegou ao mesmo nível de agosto de 2006.

Os dados de desemprego de setembro nos Estados Unidos eram esperados com ansiedade nos mercados, após o relatório desfavorável de agosto, que reativou os temores de uma recessão na principal economia do mundo.

Os analistas econômicos previam a criação de 100 mil vagas, uma melhora que viabilizaria a normalização da economia, após o corte de quatro mil empregos registrados em agosto.

Tensão- A notícia, que marcou a primeira contração do mercado de trabalho em quatro anos, derrubou as Bolsas e reativou os temores de uma recessão, levando o Banco Central (Fed) a reduzir em 0,5% sua taxa básica de juros.

O desempenho negativo de agosto pode ser explicado por uma série de fatores conjugados: a crise do crédito, a tendência descendente do setor imobiliário e até o calendário da volta às aulas, que adiou as contratações no setor público.

Desde então, os mercados estavam na expectativa, sobretudo por causa dos dados melhores que o previsto sobre o consumo e as empresas.

O dado desta sexta-feira era fundamental para determinar se o de agosto foi um tropeção passageiro e se a vitalidade do mercado de trabalho tem a capacidade de sustentar o crescimento americano.