Prefeito de Diadema é o único da região a ter minoria na Câmara
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Entre os sete prefeitos do Grande ABC, Taka Yamauchi (MDB), de Diadema, é o que tem a relação mais desafiadora com a Câmara, ao contar com uma minoria governista, composta por seis dos 21 parlamentares. Entretanto, o emedebista já age internamente para trazer parte do G10 - grupo de dez vereadores independentes ao governo - para sua base, por meio de conversas individuais com cada um e, assim, alcançar a tão esperada governabilidade no Legislativo.
A aproximação de Taka com G10 já é algo esperado dentro do Parlamento, embora ainda existam entraves para o governo ampliar a sua base de sustentação. O maior problema encontrado pelo emedebista é a situação financeira herdada na cidade, com dívidas de R$ 2,5 bilhões projetadas e, consequentemente, o contingenciamento de 35% das finanças deste ano. Tal cenário atrapalha diretamente possíveis aberturas a vereadores dentro da administração municipal.
O que se comenta nos corredores do Paço é que os mesmos vereadores que fizeram parte da gestão anterior, do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), não encontrarão a mesma abertura no governo com Taka, neste momento, pela situação financeira da cidade.
Pelo lado do G10, há o incômodo de não ter o mesmo espaço dos seis vereadores que hoje defendem a gestão do emedebista na Câmara. Apesar disso, comenta-se que Gilson Moura (União Brasil), Jerry Bolsas (PSB), Talabi e Zé do Bloco (ambos do PV) já estariam mais propensos a se juntar ao Paço.
CAUTELA
Enquanto esse nó não é desatado, o governo segue cauteloso no relacionamento com o Legislativo. Uma amostra disso é que passadas cinco sessões ordinárias neste ano, Taka não enviou projetos de lei para os vereadores, sendo o único prefeito do Grande ABC a não ter propostas do Executivo. Apesar do contexto, o emedebista se diz tranquilo: “Nossa missão tem sido colocar o município em ordem, tarefa que tem exigido força-tarefa de toda a equipe”.
Mesmo com o discurso, há sim tratativas do governo pela aproximação ao G10, como admite o presidente da Câmara e integrante do grupo, Rodrigo Capel (PSD). “Existe essa conversa sim, houve comigo também. Não tenho problema algum em dialogar com o governo e isso vem ocorrendo com outros vereadores. O que for bom para a cidade, os vereadores vão apoiar e tem de ser dessa forma. Neste momento, vamos analisar dessa forma e esperar para onde o governo vai apontar. Todos querem fazer parte de um governo realizador e não é diferente com o G10”, disse.
Por sua vez, o secretário de Governo, Marcos Michels (PL), explicou que as tratativas com o G10 é uma orientação do Taka, visando atender a população. “A gente acaba conversando individualmente, não necessariamente em relação a isso (governabilidade), mas sim pelas necessidades da população. A gente sabe que quando o vereador é eleito tem a sua base eleitoral e o prefeito Taka deixou claro que é para atender todos os vereadores, que trazem necessidades da população”, pontuou.
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