O time dos Estados Unidos, que passou cinco dias na Turquia, viveu momentos de tensão depois da explosão de bombas, na última terça-feira, em dois pequenos hotéis de Istambul.

Um grupo curdo desconhecido reivindicou os atentados, que mataram duas pessoas.

"Estivemos um pouco tensos porque muitos dos jogadores tinham familiares visitando a Turquia", contou o treinador americano Larry Brown.

O Departamento de Estado americano manteve-se em contato com o coordenador de segurança da equipe e os jogadores foram informados sobre toda a situação.

A delegação conseguiu, por isso, não ser perturbada em seus treinamentos ou nas apresentações contra a seleção turca.

"Queríamos saber exatamente onde estávamos em relação aos atentados", destacou LeBron James, escolhido como novato do ano na NBA. "Eles (pessoal de segurança) esclareceram nossas dúvidas e nos sentimos melhor".

O jogador ainda fez questão de afirmar ainda que tentará não pensar nos problemas de segurança. "Nós sabíamos, quando nosso calendário foi divulgado, sobre a tensão aqui... mas em nenhum momento pensamos em deixar de vir", acrescentou Brown.

A cidade de Istambul, em novembro do último ano, já tinha sofrido violentos atentados, que mataram 60 pessoas e feriram outras 750. Na ocasião, os alvos foram duas sinagogas, um banco britânico e o consulado geral da Grã-Bretanha.

O tema de segurança foi de grande polêmica entre os jogadores dos Estados Unidos. A imprensa local chegou acusar alguns atletas de renome de pedir dispensa da seleção por medo de atentados. "Não é uma sensação... é realidade", ressaltou o capitão da equipe dos sonhos, o ala-pivô do San Antonio, Tim Duncan. "Todos nós presenciamos o que acontece no mundo... isso é real". Duncan ainda admitiu seu temor de que o transatlântico possa ser vítima de um atentado a bomba, como ocorreu com o destróier americano USS Cole em 2000 no Iêmen.

No entanto, os jogadores da NBA ignoram os problemas e tentam se concentrar na luta pela quarta medalha de ouro consecutiva na competição. "Se eu não acreditasse que estávamos completamente salvos, não estaria aqui", sustentou James.