Setecidades Titulo Generosidade
Caixinha é considerada ‘14º’ por trabalhadores do Grande ABC

Entre presentes e contribuições em dinheiro, tradição das doações para funcionários de estabelecimentos gera bonificações

Lays Bento
24/12/2024 | 09:18
Compartilhar notícia
FOTO: Andre Henriques/DGABC

ouça este conteúdo

Uma ceia de Natal mais farta, uma renda extra para desafogar o bolso no começo de ano ou até uma reforma em casa. Para realizar objetivos como estes, funcionários e prestadores de serviços de estabelecimentos da região aguardam com expectativa o saldo das caixinhas de Natal. Em um posto de combustíveis na Avenida Santos Dumont, na Vila Vilma, em Santo André, por exemplo, trabalhadores estimam que, até o fim de 2024, a generosidade voluntária de clientes e amigos chegue a R$ 15 mil. 

“Para a galera aqui é como um ‘décimo quarto salário’, um abono que salva muita gente”, resume Christian de Freitas Teruel, 51 anos, que é frentista-caixa no ponto há mais de dez anos. 

Segundo ele, 12 funcionários dividirão as doações recebida. Teruel conta que no posto há quem planeje utilizar a contribuição para comprar uma roupa pedida há tempos pelo filho ou ainda contratar um seguro para o carro. “No ano passado, deu R$ 1.050 para cada um. Neste ano, a gente está feliz porque deve ser cerca de R$ 1.200 para cada. Este é um dos sinais de que o próximo ano será próspero para todo mundo. Para quem recebe, mas principalmente para quem ajuda”, destaca. 

A solidariedade que marca o fim de ano nos comércios não para nas gorjetas, pelo que observou a equipe de reportagem do Diário. A entrega de cestas, espumantes e panetones, por exemplo, também se tornou costume do andreense Wagner Freitas, 43, dono de uma locadora de vans, para agradecer os serviços prestados ao longo dos meses.

“O objetivo é sempre dar um agrado a quem prestou algum serviço com frequência para a gente. No posto (Av. Santos Dumont), costumo brincar com eles que faço questão de cobrir o valor de qualquer caixinha”, brinca ele, que na última semana doou R$ 500 para a arrecadação dos frentistas. 

A quantia é o de menos, nas palavras do empresário. “O suporte deles é ao longo do ano todinho. Só o ato da gratidão é o que já conta”, diz.

Outra sugestão de Freitas para a data é adotar pedidos de Natal ou ajudar instituições privadas, como ONGs. “Se o pessoal que ler esta reportagem parar alguns minutos para conversar com algum funcionário na portaria, no mecânico, no cabeleireiro, já pode achar alguma necessidade. E às vezes são coisas muitos simples. Também dá para recorrer a entidades assistenciais. Em casa mesmo, a gente optou por prestigiar os carteiros pela ação dos Correios (Papai Noel dos Correios). Com dez cartinhas adotadas e sem gastar tanto a gente atendeu pedidos que envolviam até material escolar”, finaliza. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.
;