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Vaticano prepara duras normas contra homossexualismo
Da AFP
22/09/2005 | 18:08
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A Igreja Católica prepara uma série de recomendações para impedir o acesso ao sacerdócio de seminaristas que manifestam tendências homossexuais.

Vários meios especializados anunciaram a divulgação de um documento dirigido aos bispos e aos dirigentes dos seminários a respeito do tema, mas esta versão não foi confirmada pelo Vaticano.

A Congregação para a Educação Católica, a oficina da Santa Sé encarregada da formação dos sacerdotes, trabalha há mais de três anos para definir a conduta que deve ser adotada pela hierarquia da Igreja Católica com relação aos candidatos homossexuais ao sacerdócio.

A congregação se encarregou deste tema espinhoso desde que emergiram casos ligados à presença de sacerdotes pedófilos em vários países, em particular nos Estados Unidos.

Para a Igreja Católica, os sacerdotes com tendências homossexuais são mais frágeis e passam com mais facilidade à ação que os heterossexuais. A Igreja condena o homossexualismo como um comportamento "intrinsecamente ruim", e em um documento oficial o classifica como uma inclinação "objetivamente desordenada".

A orientação da Igreja para que sejam retirados os seminaristas com tendências homossexuais não é uma novidade, mas foi menos aplicada devido à diminuição nos últimos anos dos candidatos ao sacerdócio nos países ocidentais.

O Vaticano quer fazer um apelo sério e convincente para que os bispos e encarregados da formação dos seminaristas se mobilizem, empregando todos os recursos da psicologia moderna, para detectar aqueles que tenham um perfil considerado perigoso.

Em 2002, o cardeal Tarcisio Bertone, então secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, presidida pelo cardeal Joseph Ratzinger - atual Papa Bento XVI - declarou que "as pessoas com inclinações homossexuais não devem ser admitidas nos seminários".

Nesse mesmo ano, a congregação para o culto escreveu em um texto oficial que as pessoas com tendências homossexuais "não devem receber o sacramento da ordenação".

Nos Estados Unidos, um dos países onde o fenômeno tem sido mais denunciado, o presidente da conferência episcopal americana, monsenhor Wilton Daniel Gregory, pede desde 2002 que se lute contra o homossexualismo nos seminários.

Os noviços "não devem ser formados por homens homossexuais e os candidatos que são recebidos devem ser sãos psicológica, emocional, espiritual e intelectualmente", disse o prelado.



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