Será a primeira apresentaçao nos últimos 43 anos, no Peru, de uma seleçao brasileira que luta pela classificaçao para o mundial, o que está sendo considerada "uma circunstância que nao podemos desperdiçar".

O Brasil encontrará, como poucas vezes antes, uma equipe peruana com uma "forte mentalidade vencedora", segundo a crítica. "Muito respeito, mas nenhum temor", sentenciou Francisco Maturana, o técnico colombiano que comanda a seleçao do Peru, uma pensamento que se espalhou entre os jogadores.

O Brasil empatou sem gols com a Colômbia, na primeira rodada, e em seguida venceu o Equador, por 3-2. O Peru venceu o Paraguai por 2-0, em Lima, e empatou em 1-1 com o Chile, no campo do adversário.

Brasil e Peru sao adeptos do "jogo bonito", mas o primeiro tem a vantagem da técnica e da agressividade, que Maturana tenta copiar. Seu principal desafio é acabar com "o medo" que a camisa verde-amarela provoca nos jogadores peruanos.

Em apenas um dia, há duas semanas, foram vendidos os cerca de 45 mil ingressos para a partida, que será disputada no velho Estádio Nacional.

O Peru se apresentará sem os titulares Oscar Ibáñez (goleiro), o volante Nolberto Solano, do inglês Newcastle, e o atacante Claudio Pizarro, do alemao Werder Bremen, suspenso por acumulaçao de cartoes.

Uma baixa no último momento de Julio Rivera obrigou Maturana a reformular sua estratégia para bloquear - ele mesmo admitiu - os avanços pela esquerda de Rivaldo e Roberto Carlos.

A seleçao brasileira se desloca em Lima protegida por um forte esquema policial, desde a sua chegada no Peru, na noite de sexta-feira. O hotel onde os jogadores estao hospedados, no distrito de San Isidro, se transformou em um "bunker" cercado por curiosos.

Sábado cedo, os 20 brasileiros fizeram o reconhecimento do gramado. Nada menos do que 200 jornalistas brasileiros acompanharam o treino.

A partida terá início às 15h15min locais (17h15min de Brasília) e o trio de arbitragem será formado pelos argentinos Daniel Giménez (principal), Jorge Rattalino e Luis Trucco.