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A recorrência de longos períodos de blecaute na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo o Grande ABC, expõe falhas alarmantes na gestão da concessionária Enel e na fiscalização por parte do governo federal. Apesar das reiteradas queixas de consumidores e autoridades locais, a ausência de respostas efetivas demonstra preocupante descaso. Reunião ocorrida ontem na Capital trouxe à tona a insatisfação crescente com a empresa. Vocalizada pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), a cobrança pela caducidade ou intervenção do contrato de concessão revelou o clamor regional por medidas concretas. A população não pode continuar à mercê de serviços falhos.
O contexto demanda ação rápida do governo federal e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), responsáveis pela regulamentação do setor. As falhas frequentes no fornecimento de energia não são exceções, mas sintomas de estrutura que precisa ser revisada. O ministro Augusto Nardes, do TCU (Tribunal de Contas da União), ao reconhecer a gravidade da questão, sugeriu possíveis recomendações e determinações para que o Ministério de Minas e Energia tome decisão firme. No entanto, é preciso mais do que diagnósticos e audiências. A inércia até o momento amplifica o sentimento de impotência entre consumidores, que aguardam soluções concretas para evitar mais prejuízos.
Prejuízos vão além da esfera econômica, comprometendo também a confiança na capacidade do governo de proteger os direitos dos consumidores. Uma concessão que não cumpre suas obrigações, como é o caso da Enel, deve ser imediatamente revista, seja por meio de intervenção ou rescisão contratual. A resposta tardia do governo federal aprofunda o abismo entre as demandas da sociedade e a efetividade estatal. Chegou a hora de transformar promessas em ações, responsabilizar os agentes envolvidos e garantir que os cidadãos não sejam mais penalizados. Apenas com uma fiscalização robusta e transparente será possível restaurar a segurança energética e a confiança no sistema.
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