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O silêncio do prefeito José de Filippi Júnior (PT) diante do aniversário de 65 anos do município que ele governa pela quarta vez é ato que beira o desdém. A falta de qualquer programação especial para marcar data tão simbólica contrasta com o papel histórico que a cidade desempenhou no desenvolvimento regional. Diadema, com sua trajetória marcada por lutas e conquistas, merecia celebração que refletisse o respeito por sua identidade e a valorização de sua gente. A atitude, ainda mais significativa em momento de transição política, soa como resposta amarga ao resultado das urnas, ferindo o princípio básico de que o gestor público governa para todos, independentemente de preferências eleitorais.
A postura de Filippi revela descone-xão com o sentimento coletivo da população, que vê na data oportunidade de reafirmar seu orgulho e fortalecer o senso de pertencimento. Aniversários de cidades são momentos de memória e renovação, nos quais se celebra o passado e se projeta o futuro. Ao ignorar essa responsabilidade, o prefeito relega a segundo plano a história e o simbolismo que tornam Diadema única. É inaceitável que questões pessoais ou ressentimentos políticos se sobreponham à importância do cargo, que exige grandeza e visão além de interesses particulares. Governar significa estar à altura das demandas da comunidade, sobretudo em momentos que pedem união e reconhecimento.
Duas cidades do Grande ABC aniversariam hoje, mas apenas uma, Mauá, vai festejar. A decisão de Filippi de esvaziar a programação reforça distanciamento que prejudica a relação entre o poder público e os cidadãos. O município não é refém de vaidades ou derrotas eleitorais; é um organismo vivo que pulsa graças ao trabalho e ao esforço de seus moradores. A omissão em celebrar a emancipação não apenas priva a comunidade de momento de orgulho, como também demonstra falta de compromisso com o legado e as expectativas daqueles que fizeram – e fazem – Diadema ser o que é. A história não perdoa gestos pequenos, e este ficará marcado como exemplo de como não conduzir a gestão pública.
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