Setecidades Titulo Simulado
PM faz exercício de ocorrência de alta complexidade na região

Objetivo do simulado é garantir intervenções sem riscos aos envolvidos, com técnicas de preservação da vida

Tatiane Pamboukian
02/12/2024 | 15:06
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André Henriques

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 O CPA/M-6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana 6), responsável pela Polícia Militar no Grande ABC, realizou na manhã desta segunda-feira (2), em seu Gabinete de Treinamento, na Vila Guiomar, em Santo André, uma simulação de ocorrência envolvendo pessoa com deficiência mental. O objetivo foi colocar em prática ações de contenção sem risco aos envolvidos em ocorrências de alta complexidade.

Cerca de 30 policiais militares e 146 formandos do Curso de Formação de Soldados deste ano acompanharam o exercício simulado, que teve a duração de aproximadamente 15 minutos. Na situação hipotética, um indivíduo, que não encontrava-se em plenas faculdades mentais, estava em um bar, após ter tomado seus remédios controlados e ingerir bebida alcoólica, e estava ameaçando uma menina com uma barra de ferro. 

“Muitas ocorrências envolvem a sociedade, não necessariamente criminosos, e os policiais militares recebem treinamento para lidar com tais pessoas sem oferecer risco a elas, utilizando técnicas de preservação à vida”, disse o tenente Danilo Pires, coordenador do Curso de Formação de Soldados do CPA/M-6. 

“Aqui os policiais foram submetidos a estresses elevados, com ações imprevisíveis, e tudo é avaliado. Deu tudo certo, mas se isso não ocorresse, os procedimentos e treinamento teriam que ser revistos”, complementou. 

O tenente explica que nesses casos são utilizadas armas de menor potencial ofensivo, apenas para uma incapacitação temporária, que não gera sequelas. Nesse treinamento, o policial lançou mão de um equipamento neuromuscular que, por meio de dardos com microagulhas, dispara uma carga elétrica com uma voltagem alta, mas amperagem que causa dor ou lesão baixa, apenas um “comando errado” para as fibras musculares. Quando paralisada, a vítima é algemada.

O coordenador do Curso de Formação de Soldados ressalta que nesses casos estão lidando com vítimas, pois são pessoas que não podem responder por suas condutas, oferecendo risco a elas mesmas e a terceiros. Por isso, a intervenção tem o intuito de valorizar e preservar essa vida o máximo possível, já que toda operação tem seu risco, conforme ele ressalva. “O erro é natural da conduta humana, e os treinamentos são realizados para minimizar as chances de ele ocorrer.”

Sob o comando do Capitão Vegas, da seção operacional do CPA/M-6, o simulado, que ocorre anualmente, contou com a presença do Coronel Carlos Alberto Rodrigues Sanches Júnior, comandante do CPA/M-6, e do Coronel Caio, comandante do CPM (Comando de Policiamento Metropolitano). 

Aproximadamente 95% dos policiais do CPA/M-6 receberam esse treinamento específico, uma alta porcentagem tendo em vista que os 5% restante equivalem, em sua maioria, a profissionais afastados, por algum motivo, da atuação na rua.




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