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A ausência de AVCBs (Autos de Vistoria do Corpo de Bombeiros) nas escolas e no Centro de Oncologia de São Caetano, conforme mostrou reportagem publicada ontem no Diário, expõe falha administrativa que coloca vidas em risco. Tais laudos são indispensáveis para atestar a segurança contra incêndios, assegurando que os ambientes estejam preparados para emergências. É inadmissível que equipamentos públicos, especialmente aqueles que atendem crianças e doentes, funcionem sem cumprir normas essenciais. O governo do prefeito José Auricchio Júnior (PSD), prestes a se encerrar, em 31 de dezembro, falha ao tratar com negligência o que deveria cuidar como prioridade.
Resolver a pendência dos laudos não é apenas obrigação legal, mas também compromisso com a comunidade. Quando foi questionada pela primeira vez sobre a deficiência, dois anos atrás, a Prefeitura havia prometido solução, mas o problema persiste, indicando descompasso entre discurso e prática. Investimentos na instalação de equipamentos de segurança e a obtenção dos certificados deveriam ser tratados com urgência, especialmente em espaços que atendem populações vulneráveis. A desculpa de dificuldades logísticas não se sustenta diante do custo relativamente baixo para adequação. Priorizar a prevenção de tragédias é dever de gestão pública responsável.
A inércia do governo diante de questão tão sensível compromete a segurança dos usuários dos serviços públicos e a credibilidade da administração municipal. É negativamente surpreendente a degradação das gestões capitaneadas por Auricchio ao longo de quatro mandatos. O prefeito tem a obrigação de deixar um legado minimamente confiável antes de seu término. A omissão, neste caso, não é opção. Medidas imediatas são imprescindíveis para assegurar que a cidade volte a ser referência em qualidade de vida. Que o próximo mandatário, Tite Campanella (PL), não apenas resolva as tarefas em atraso, mas resgate o compromisso que São Caetano sempre teve de zelar pela proteção da população.
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