Anna Gedankien deixa inúmeras realizações, com destaque para a luta em prol da vila
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Anna Gedankien, que fundou e dirigiu o Movimento Pró-Paranapiacaba e o Instituto do Patrimônio Histórico, morreu no último dia 19, aos 95 anos. Ela deixa uma obra de inúmeras e boas realizações, com destaque para a luta em prol da conservação de Paranapiacaba. Se hoje a vila voltou a ser olhada com mais carinho, e menos burocracia, muito se deve a ela.
O trem de passageiros já não fazia parte da paisagem, virara peça rara apenas como transporte turístico em fins de semana, a preços proibitivos aos trabalhadores. O sistema funicular caía de podre, levando com ele mais de um século de trabalho e pioneirismo. E lá ia Dona Anna, forte, decidida, animando memorialistas a lutarem pela vila orgulho de gerações.
A chama demonstrada por esta mulher nascida no Rio de Janeiro deu certo, e Paranapiacaba voltou a ser olhada com bons olhos pelas autoridades, voltou a atrair levas e levas de visitantes.
Desde a juventude, Anna atuou em entidades da comunidade judaica. No Grande ABC, fundou e dirigiu o Movimento Pró-Paranapiacaba e o Instituto do Patrimônio Histórico.
Em 2019, lançou livro contando a história os 90 anos da comunidade judaica na região, publicação bem descrita pela jornalista Miriam Gimenes, do Diário. Agora, a partida.
Anna Gedankien era filha de Jacob Tubenchlak (imigrante russo) e de Clara Herman (imigrante da antiga Palestina). Eles se conheceram e se casaram no Brasi. Tiveram 13 filhos. Dona Anna e seu marido, Jayme Gedankien, vieram para Santo André em 1959, com dois filhos pequenos, Dan (jornalista, que foi editor de Política do Diário) e Ehud. Ela parte aos 95 anos. Foi sepultada no Cemitério Israelita do Embu das Artes. Deixa três filhos, Dan, Ehud e Hadassa, seis netos e cinco bisnetos.
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