A proposta do prefeito eleito de Santo André, Gilvan Junior (PSDB), de incluir departamento para combater os efeitos das mudanças climáticas no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente, aponta para gestão pública que reconhece a urgência da pauta. Com o planeta registrando temperaturas médias cada vez mais elevadas, os impactos do aquecimento já são sentidos em escala global e local. Ondas de calor extremo, como as que atingiram a Europa e partes dos Estados Unidos nos últimos verões, além das intensas chuvas que causaram inundações em diversas regiões brasileiras, evidenciam a necessidade de medidas concretas. Neste sentido, o posicionamento do chefe do Executivo andreense é louvável.
No contexto urbano, os desafios são amplificados. Cidades do Grande ABC enfrentam periodicamente enchentes que desabrigam famílias e provocam mortes, além de perdas econômicas relevantes. Estudos apontam que a adaptação dos centros urbanos à nova realidade climática requer investimentos em infraestrutura verde, planejamento territorial adequado e monitoramento contínuo das variáveis ambientais. Iniciativas como a de Gilvan Junior podem significar uma mudança de paradigma na maneira como as administrações públicas lidam com os fenômenos climáticos, priorizando a redução de riscos e o bem-estar coletivo. Departamento especializado fortalece a capacidade de resposta.
A ideia de Gilvan deveria servir como referência a outros gestores. A negligência com os efeitos das mudanças climáticas pode resultar em prejuízos maiores no futuro, tanto econômicos quanto sociais. O aquecimento global e seus desdobramentos já cobram preço alto, evidenciado pela destruição provocada por eventos como tempestades e secas severas. Adotar estruturas governamentais capazes de antecipar e responder às catástrofes ambientais não é apenas sensato, mas uma necessidade imposta pelas circunstâncias. O exemplo andreense mostra que prefeituras podem, e devem, liderar os esforços para proteger suas comunidades e garantir desenvolvimento resiliente e sustentável.
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