De 11 a 16 de novembro, municípios vão orientar a população para cuidados com as doenças causadas pelo Aedes na Semana Estadual de prevenção
Com 55.044 casos e 61 óbitos causados pela dengue, o Grande ABC se prepara para estimular a luta contra o mosquito Aedes aegypti a partir da próxima segunda-feira (11), com o início da Semana Estadual de Mobilização contra as Arboviroses, promovida pelo governo do Estado até o sábado (16). A ação nesta época é considerada essencial para prevenir e conscientizar população, municípios, organizações públicas e privadas sobre as ações de prevenção e eliminação dos criadouros do transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A iniciativa, em parceria com os municípios paulistas, tem o objetivo de antecipar e alertar sobre os riscos da doença, principalmente, em decorrência das mudanças climáticas causadas pelo aumento de temperatura, chuvas e umidade – condições que contribuem para que as transmissões de arboviroses prosperem mais rapidamente e em novos locais. Durante a semana de mobilização, cada instituição reforça o empenho na eliminação de criadouros, de acordo com sua realidade local, sempre estabelecendo ações para orientar a população, em parcerias entre o poder público, privado e sociedade civil.
“A meta é promover uma força-tarefa no Estado, mobilizando e conscientizando a população sobre a importância de adotar cuidados necessários. Esse é o período ideal para ações, visando prevenir o aumento de casos no verão, quando as chuvas favorecem a proliferação do inseto”, explica a diretora do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde, Tatiana Lang.
Na última atualização realizada pelo Diário, no início de outubro, eram 60 pessoas mortas em decorrência da dengue e 53.053 ocorrências registradas nas sete cidades neste ano. Em todo o ano de 2023, foram contabilizados 859 casos de dengue e nenhum ocorreu óbito na região, de acordo com informação do Ministério da Saúde. Já o Estado registrou cerca de 2 milhões de casos e 1.901 óbitos provocados pela dengue, enquanto a Capital teve 617.543 registros da doença, com 389 mortes.
Em relação à vacinação, no Grande ABC foram administradas 19.227 vacinas em primeira dose e 2.075 em segunda, correspondendo a coberturas de 10% e 1,18%, respectivamente, segundo dados divulgados pela Secretária de Saúde do Estado. Cada município é responsável pela estratégia de imunização contra a dengue, conforme as orientações do Ministério da Saúde.
PREVENÇÃO
Em meio aos picos de temporal no Estado, a eliminação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, é fundamental. Para evitar a proliferação, é importante a avaliação dos quintais, caixas d’água, lixo, vasos de planta e outros acumuladores de água. “A população precisa ficar atenta às mudanças climáticas e, principalmente, na época de chuvas e clima quente. É fundamental a atenção aos sintomas e a busca por atendimento médico para evitar um agravamento”, afirma Tatiana Lang.
Além disso, o período de chuva aumenta as chances de contrair doenças diarreicas. O contato com a água contaminada ou a sua ingestão, como também o uso para preparo de alimentos e higiene pessoal, configuram os principais meios de transmissão de doenças ocasionadas pelas enchentes. Os locais atingidos também podem reter os contaminantes nos pisos, paredes, móveis, utensílios, roupas e outros objetos existentes nas residências.
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