Traz alívio a reportagem publicada nesta edição do Diário a respeito da redução de 54% nos casos de mortes no trânsito, em setembro, nas vias que cortam os sete municípios. As ocorrências resultaram em 14 óbitos no período, contra 31 na comparação anual. A marca é a segunda melhor do ano, atrás somente dos meses de janeiro e março, que computaram 13. Também vale destacar a queda na quantidade de acidentes no mês passado. A diminuição foi de 6% em relação a 2023, de 587 para 552. Os dados são do InfoSiga, sistema de monitoramento do governo do Estado de São Paulo e, apesar de positivos, merecem atenção.
Quando levado em consideração o total de acidentes registrados entre janeiro e setembro, o Grande ABC apresentou neste ano o pior resultado da série história do InfoSiga, calculada desde 2019, com 4.919 ocorrências, superando as 4.798 de 2023, o pior até então. O resultado vai na contramão do Estado, que teve redução de 3% nos casos – de 105,2 mil para 102,1 mil, embora o número de mortes tenha crescido 19% no intervalo – de 3.869 para 4.605.
O excesso de velocidade continua a ser uma das principais causas de acidentes. E nem mesmo a ampliação do uso da tecnologia na fiscalização nas vias, com a adoção de radares mais modernos e até drones, parece inibir a ação de motoristas, que ignoram os limites e, assim, colocam não só a própria vida em risco, mas a de outros condutores e pedestres.
O peso da irresponsabilidade não se restringe à perda humana. Há sérios impactos econômicos, com custo anual de 3% do Produto Interno Bruto, segundo a Organização Mundial da Saúde. Uma conta alta que tem sido paga por todos. E, mais do que isso, que torna evidente a necessidade de legislações mais rigorosas para que os verdadeiros responsáveis sejam efetivamente punidos rigorosamente pela Justiça com penas exemplares e não apenas ‘burocráticas’.
É a única forma de evitar que os motoristas sigam acelerando fundo pela região enquanto a Justiça se mantém em marcha lenta.
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