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Música também é terapia, segundo pesquisadora da UFABC
Lays Bento
15/09/2024 | 08:00
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FOTO: Pexels

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Sons desempenham papel fundamental para tranquilizar, energizar e ativar memórias ou emoções, de acordo com Luisiana Baldini França, pesquisadora de Neuromúsica na UFABC (Universidade Federal do Grande ABC), bacharela em musicoterapia e mestra em Neurociência e Cognição. Neste domingo (15), em que se comemora o Dia da Musicoterapia, a especialista detalha como utilizar estrategicamente a arte para benefício próprio. 

"A profissão de musicoterapia ainda é curiosa se pensarmos que só foi regulamentada mesmo no Brasil neste ano. Isto evidencia uma visibilidade a ser ganha nos próximos anos pelo tema", aponta. 

Ao que explica Luisiana, utilizar a música no cotidiano para autocuidado e passar por um processo terapêutico são cenários distintos: "quando há tratamento, naturalmente existem queixas específicas, avaliações e um profissional condutor."

A expertise pode ser crucial para tratamentos a crianças com transtorno do neurodesenvolvimento e pessoas com lesões neurológicas. Além disso, a terapia com músicas, segundo a especialista, auxilia idosos com Alzheimer ou Parkinson e a procura também abrange gestantes que visam melhorar o vínculo afetivo com bebê ainda no útero. 

MÚSICA COMO AUTOCUIDADO

"Costumamos dizer que com música não há receita. Já parou para pensar que uma faixa erudita, por exemplo, para mim pode ser extremamente relaxante, mas para outros é irritante?", reflete a especialista. 

Para ela, outra reflexão importante para quem quer pensar a música como uma forma de autocuidado na rotina é analisar os impactos do som em tarefas. 

"É bem relativo, requer atenção mesmo sobre o hábito, gosto e o que funciona contigo. Há quem se concentre com música para estudar ou trabalhar e o inverso também."

A única certeza quando se trata de musicalidade é o poder universal para que regule emoções, ativando memórias positivas ou negativas. "Entretanto, a criação de uma playlist para cada necessidade é bem particular. Deve ser visto com muito cuidado", alerta. 

"Cidades poluídas sonoramente, por exemplo, deveriam ser consideradas um problema de saúde pública. Esta insalubridade ainda infelizmente também se aplica a empresas", finaliza. 




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