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Hospitais do ABC estão em alerta para incidência de rotavírus
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
03/09/2003 | 21:30
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O aumento de casos do rotavírus no Estado de São Paulo fez os hospitais da região redobrarem a atenção nos casos de crianças que dão entrada com os sintomas da doença: diarréia, cólica, vômito e febre. Apenas no Hospital Cristovão da Gama, em Santo André, já foram comprovados 90 casos da doença neste ano, a maioria nos últimos dois meses – é no inverno que há mais incidência do vírus, que atinge crianças na maioria das vezes. As prefeituras da região, porém, informam que não há notificação por parte da Vigilância Sanitária de qualquer surto ou epidemia.

Segundo os médicos, a virose precisa ser tratada logo no início do aparecimento dos sintomas para evitar desidratação e morte. O ciclo virótico da doença dura em média de três a cinco dias, e se encerra naturalmente. “Foi tudo muito rápido: ele estava bem, mas começou a vomitar; depois veio a diarréia e agora está com febre e dor de cabeça”, disse Regiane Queiroz de Souza, mãe de Vitor, 3 anos, internado no Cristovão da Gama desde terça-feira à tarde. O menino está sob suspeita de rotavírus – o exame ficará pronto nesta quinta-feira.

Segundo os médicos, o vírus está presente no ar e atinge diretamente crianças que estão com baixa resistência no organismo. Também pode ser disseminado por meio das fezes de quem está doente. A prevenção da virose passa por cuidados simples. “Os pais devem lavar bem frutas e verduras, ter muita higiene após o uso no banheiro. Na escola, é bom orientar as crianças para não trocar brinquedos ou dividir lanches”, afirmou a infectologista Flávia Gallinucci Garcia Morkoski, do Hospital Beneficência Portuguesa de Santo André. Esta quarta-feira, das 18 crianças atendidas no local, cinco delas estavam sob suspeita de rotavírus.

No Hospital Rudge Ramos, de São Bernardo, o maior índice da virose aconteceu entre metade de julho e agosto, segundo a infectologista Luciana Milano Paiva. “Não há remédio para o rotavírus. Controlamos a diarréia dando líquido, soro oral, além de medicamentos para vômito e febre”, disse.




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